Em julho passado, o preço do frango vivo – graças a uma evolução mensal de 6,27%, frente a uma inflação de 1,45% – registrou feito poucas vezes observado desde que, em 1994, o Real tornou-se o padrão monetário brasileiro: por acumular evolução de 878,40%, alcançou cerca de 90% da inflação medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas que, no mês, acumulou evolução de 971,62%.
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Mas isso, obviamente, não redundou em qualquer efeito prático para o setor produtivo, pois a principal matéria-prima do frango, o milho, após mínimo recuo no mês de junho, voltou a registrar elevação de preços – de 5,01% – e com isso, passou a acumular evolução, no Real, de 1.220%.
Claro, bem pior continua sendo a situação do ovo. Que mesmo obtendo valorização mensal de 2,25% , fechou julho acumulando praticamente a metade do IGP-DI do Real e apenas 40% do valor acumulado pelo milho.
Caso milho e ovo mantivessem a mesma paridade de 1994 – (uma caixa de ovos = 2,5 sacas de milho) e já que o ovo não passa de uma proteína animal resultante, sobretudo, da transformação do grão – em julho último o ovo deveria ter sido comercializado por cerca de R$255,00/caixa. Cotado a R$114,85/caixa, mal chegou a 45% desse valor.
Com o frango as perdas vêm sendo mais modestas frente à paridade de 1994 (1 tonelada de frango vivo = 78,3 sacas de milho). Sua cotação média em julho passando girou em torno de R$5,87/kg, mas deveria ter sido comercializado por R$7,92/kg. Alcançou, portanto, perto de três quartos (74,12%) da paridade de preço do milho.
Por Avisite
AGRONEWS – Informação para quem produz