A semana, última do ano, é fraca em volume de negócios, mas há fatores favoráveis para as três commodities que merecem ser observados de perto
Por Giovanni Lorenzon – AGRONEWS®
Soja
As fortes altas da soja na quinta, em Chicago (sexta, 24, não houve pregão), estão levando o ativo a passar os US$ 13,50 o bushel nesta, no contrato de março, apesar da baixa liquidez de negócios que deverá ser a característica desta última semana (curta) de 2021.
Será que não é hora de vender?
As altas vêm da precificação do clima na América do Sul.
O Sul do Brasil e partes da Argentina e Paraguai sentem o calor e o tempo seco, o que prejudica o plantio e a germinação da oleaginosa.
O risco, inclusive, é de perda da janela de replantio.
No entanto, os traders estão atentos aos primeiros sinais de chuvas mais regulares, para derrubarem as cotações.
Embora não haja previsão de chuvas para os próximos dias, segundo a Metsul, instituto meteorológico do Rio Grande do Sul, ainda tem a porção maior da oleaginosa no resto do Brasil, indo bem.
Além disso, ainda levará mais alguns dias para que se contabilize solidamente as perdas.
Siga-nos: Facebook | Instagram | Youtube
Milho
Mais ou menos como a soja, o milho também sente o clima no Sul, embora o grão de verão seja em volume muito inferior ao safrinha.
O Paraná, por exemplo, vai perder mais nesta campanha.
Está conseguindo algum apoio na energia, também, com a demanda por etanol nos Estados Unidos, que enxuga um pouco mais o volume de grão.
Também opera em campo positivo nesta segunda, em R$ 6,11, em quase 1% acima sobre os negócios da sexta.
Siga-nos: Facebook | Instagram | Youtube
Algodão
Se tem uma commodity que fica mais pendurada no cenário da covid, esta é o algodão.
Quanto mais restrições à sociedade, viagens e etc, menos roupas as pessoas compram. Foi assim em 2020.
Desde o final de novembro, quando a variante ômicron acendeu a luz amarela – e vermelha em algumas partes do mundo -, o contrato de março em Nova York perdeu mais de 6 cents de dólar por libra-peso.
Desceu à mínima de 103 c/lp e agora esta em torno dos 109, em leve alta nesta segunda.
Até que está se aguentando, em um cenário ainda incerto em relação ao consumo e a oferta das safras.
AGRONEWS® – Informação para quem produz