As datas foram definidas atendendo aos aspectos econômico, social e ambiental da atividade
A temporada de pesca de camarão na Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí, no estado do Rio Grande do Sul, será entre 15 de fevereiro e 21 de junho de 2021. As datas foram estabelecidas na Portaria nº 35, da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP/Mapa), publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
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A pesca de camarão na Bacia é uma das atividades de elevada importância socioeconômica, movimentando a economia local, por meio da geração de renda e emprego na cadeia produtiva desse produto.
A definição foi feita atendendo aos aspectos econômico, social e ambiental da atividade, uma vez que se embasou por meio do defeso monitorado, o que significa que a pesca do camarão nessa região é liberada apenas quando o crustáceo chega ao tamanho mínimo de captura definido em legislação, 90 milímetros. Isso se deve às variantes que os organismos aquáticos são submetidos, como temperatura e salinidade da água que influenciam diretamente em seu crescimento e área de ocorrência.
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A medida foi subsidiada cientificamente pelo Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), com o apoio do Sindicato de Pesca de Tramandaí, que tem expertise para discussão técnica local, com especialistas na pesquisa das espécies.
A coordenadora de Ordenamento e Desenvolvimento da Pesca Marinha da SAP, Sandra Silvestre, explica que anteriormente o período de defeso do camarão era definido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Porém, devido às novas atribuições do Instituto e da SAP, agora a Secretaria é a responsável por definir as regras de gestão da atividade de pesca no país.
“A gestão da pesca passa por um processo de revisão de seus períodos de atividade e defesos ‘proibição de captura’, com total atenção às espécies que são impactadas pelas questões climáticas, a exemplo dos camarões, buscando a sustentabilidade socioeconômica e biológica dos recursos. Dessa forma, a medida atende a sociedade e o meio ambiente”, ressalta a coordenadora.
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