Com 12 mil quilômetros rodados, 31 municípios visitados e 15 profissionais envolvidos diretamente, o “Acrimat em Ação 2017” registrou 4,522 mil participantes na sétima edição do maior projeto itinerante da pecuária de corte de Mato Grosso
Este ano, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) promoveu a palestra “Mercado Pecuário: como transformar desafios em oportunidades” e contou com a participação de pecuaristas de todas as regiões do Estado.
Ano após ano, o projeto vem se aperfeiçoando e busca levar informações técnicas de qualidade ao mesmo tempo que colhe as demandas do setor produtivo das diferentes regiões de Mato Grosso. Em 2017, uma particularidade foi registrada em decorrência das crises enfrentadas pelo segmento e o “Acrimat em Ação” teve um papel ainda mais relevante, desmistificando as situações vivenciadas, atualizando os produtores sobre o mercado local e internacional e traçando panoramas possíveis para a atividade.
O presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares, destaca que este tem sido um ano de desafios e que por isso, o tema escolhido e a presença da entidade nos polos da pecuária de corte no Estado se tornaram ainda mais relevantes para o produtor. “Este tem sido um ano que teve muita turbulência e a Acrimat tem buscado entender, encontrar soluções, apresentar cenários e propostas e estar próximo dos nossos associados. Assim, além do caráter técnico do projeto, ainda temos uma atuação política no intuito fortalecer nossa atividade”.
No âmbito técnico, o “Acrimat em Ação 2017” buscou apresentar ao produtor de carne no Estado como é possível melhorar os resultados com planejamento, metas e contas na ponta do lápis. A pesquisadora do Centre de Estudos Avançado em Economia Aplicada – Cepea, Mariane Crespolini, explica que gestão é essencial para garantir a permanência lucrativa do produtor na pecuária de corte.
“O mercado da pecuária está em transformação e aperfeiçoamento e para acompanhar e manter os negócios rentáveis, é preciso conhecer os custos de produção, avaliar a produtividade e investir corretamente para atender as exigências do mercado e melhorar os resultados. É isso que buscamos trazer para os produtores”, explica Mariane Crespolini.
Demandas
Um dos objetivos do projeto “Acrimat em Ação” é ver e ouvir, in loco, as demandas do setor produtivo rural e, partir dos dados coletado, propor e solicitar soluções em busca de melhorar as condições de produção do setor.
Nesta edição, novos e antigos problemas foram apresentados por pecuaristas e lideranças locais no intuito de que a entidade interceda por resultado. Logística e carga tributária são duas questões que atrapalham o setor e que, há anos, é tema recorrente no “Acrimat em Ação”.
Com relação à logística, os maiores problemas foram encontrados nas regiões Noroeste e Nordeste do Estado, onde estradas sem pavimentação e pontes de madeira ainda dificultam o escoamento da produção.
O presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares, registrou que houve melhorias em algumas regiões e foi possível ver equipes trabalhando em alguns pontos, mas que ainda tem alguns pontos que merecem atenção. “Ainda temos problemas de logística que dificultam o escoamento da nossa produção nas regiões mais distantes”, afirma Marco Túlio.
Outras demandas e um raio-x mais aprofundado deverá será concluído após a tabulação do questionário realizado pelo Imea durante o “Acrimat em Ação”.
Parceiros
O “Acrimat em Ação 2017” contou com a parceria de empresas e entidades que acreditam no projeto como instrumento de melhorias para a atividade e para a aproximação com os produtores de todas as regiões. Nesta edição, cinco parceiros participaram dos 31 eventos. São eles, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT), Sicredi, CRI Genético, Ouro Fino e Trescinco e Ariel.
O superintendente do Senar-MT, Otávio Celiônio, avaliou como extremamente produtiva a participação da instituição no Acrimat em Ação. “É um evento que fala diretamente com o produtor, com o gerente e com as pessoas que tomam as decisões dentro de uma propriedade de bovinocultura de corte. Para nós do SENAR-MT foi um momento único, onde conseguimos mostrar um pouco do que a instituição está fazendo e oferece para o pecuarista”, enfatiza.
Este ano, o SENAR-MT conseguiu formatar, entregar e divulgar durante o Acrimat em Ação, uma solução muito importante para o produtor rural que é o Boas Práticas Agropecuárias (BPA). Este programa tem como objetivo trazer para a sala de aula aquelas pessoas que tomam as decisões dentro da propriedade.
O gerente comercial da Ouro Fino, Rodrigo Chiroli, destaca que o tema abordado esteve alinhado com o momento vivenciado na pecuária, onde temos que conhecer os nossos desafios e transformar em oportunidades. “O setor industrial precisa estar presente junto ao produtor e conhecer um pouco mais da sua realidade para poder auxiliar no caminho a ser traçado. E é esse o papel da Ourofino em parceria com a Acrimat, apoiando e auxiliando o pecuaristas nos desafios dentro e fora da propriedade”.
Alexandre Zadra, da CRI Genética destacou a oportunidade de atingir pequenos e médios produtores, além de nos polos conseguir reunir também os produtores e maior porte. “Pontualmente fortalecemos nossa marca e nossa equipe nas cidades, atingindo um público grande de pequenos pecuaristas e em algumas cidades contamos com a participação de grandes pecuaristas”.
Para o supervisor de vendas do grupo Trescinco Ariel, Celso Jones, a parceria com o Acrimat em Ação sempre rende bons resultado porque permite que a empresa chegue até o produtor. “Sentimos realizados por contribuir e levar a informação para o homem do campo durante todas as rotas, nos 31 municípios visitados. É de grande valia que esse projeto permaneça para que continue demonstrando que o Estado de Mato Grosso possui um forte mercado pecuário”.
Pelo 2º ano consecutivo a Central Sicredi Centro Norte foi parceira da Acrimat na realização do projeto Acrimat em Ação e mais uma vez oportunizou a aproximação do setor, que é tão expressivo na economia regional, já que percorre os municípios mais importantes e estratégicos na pecuária de corte, representando 70% do rebanho bovino do Estado. “Nossos alicerces são o controle democrático, adesão voluntária e livre, autonomia e independência, interesse pela comunidade, gestão democrática, educação, formação e informação, além de participação econômica e intercooperação”, afirma o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof.
Fonte: Acrimat