Durante a tensão estabelecida entre as duas grandes guerras, cinologistas alemães, inspirados pelo instinto nacionalista de “superioridade”, desenvolveram uma super-raça de cão especializada na caça e no combate, a fim de prevalecer em meio ao domínio estrangeiro. Conhecido como terrier-alemão-de-caça, ou Jagdterrier, o cachorro surgiu como uma letal máquina de batalha, mesmo sendo considerado um animal de pequeno porte.
Criado em meados do século XIX, o Jagd foi uma evolução do doméstico Fox Terrier, que na época era considerado um cão unicamente de exposição. Idealizado pelos cientistas Walter Zangenberg, Carl Erick Grunewald e Rudolph Friess, o animal ainda é um mistério para os estudiosos, que buscam identificar suas origens e os genes que serviram como base para seu desenvolvimento.
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Segundo historiadores, a espécie foi o resultado de cruzamentos entre linhagens de Old English Terrier e Fox Terrier, na tentativa de alcançar um animal com níveis de excelência em todos os tipos de caça. Enquanto isso, outros pesquisadores acreditam que também havia a presença de sangue do Pinscher e do Teckel, o que justificaria um comportamento hostil contra seres próximos.
Este violento cãozinho chegou a se destacar, na época, pelas incríveis qualidades físicas, capazes de torná-lo tão imponente quanto suas presas, além de contar com o olfato apurado para identificar rastros e pistas, a impressionante resistência à dor e a ferimentos, e a determinação, algo que o colocou como um dos mais agressivos e valentes entre os canídeos.
O impacto do pós-guerra
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, poucos Jagdterriers restaram no território alemão, com apenas 32 sendo encontrados em todo o país. Felizmente, a raça conseguiu se reerguer rapidamente, sendo considerada fisicamente superior durante a exposição World Dog Show de 1965 em Brno, República Tcheca, quando concorreu, em diversas competições, contra inúmeros outros cães.
Com o tempo e o fim das atividades voltadas especificamente para a caça, foi possível domesticar os terriers-alemães, apesar de ainda haver alguns sobreavisos em relação à sua educação.
Mesmo sendo disciplinados e extremamente fieis aos donos, seguindo estritamente cada ordem dada, especialistas reforçam seu passado como animais perigosos, algo que pode vir a ter impacto direto em sua forma de se relacionar com outros animais.
Fonte: Megacurioso
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