Mapa mostra que ainda é necessário fortalecer pontos essenciais
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, disse que o estado Amazonas poderá ser reconhecido como área livre da febre aftosa com vacinação em maio do ano que vem, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e livre da doença sem vacinação em 2020. O diretor e técnicos do Mapa visitaram unidades do serviço sanitário amazonense nesta semana (de 15 a 18) em diferentes municípios do estado.
Para viabilizar o reconhecimento, o Mapa elencou aspectos que precisam ser priorizados à Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e a autoridades estaduais, como contratação de profissionais efetivos para a agência; reforma de 11 unidades veterinárias locais (UVLs) e construção de seis Escritórios de Atendimento à Comunidade (EACs). Também deverá ser feita a aquisição ou redistribuição de veículos e canoas com motor para aparelhar as regiões de fronteira, do Médio Solimões e da área metropolitana. O governador interino David Almeida e representantes do setor privado asseguraram que haverá atendimento da solicitação.
O Mapa já investiu por meio de convênios mais de R$ 25 milhões em ações de erradicação da aftosa no Amazonas, nos últimos anos. Só em 2017, foram repassados R$ 3 milhões.
Segundo Marques, “o estado tem a seu favor baixíssima vulnerabilidade à doença, pois é protegido por barreiras físicas e naturais (floresta densa e rios extensos), além da visível melhoria do sistema de defesa estadual e de estudo soroepidemiológico, que mostra ausência de circulação viral, há muitos anos” . O diretor explica ainda que a Adaf foi estruturada, em 2016, e já vai executar as medidas de erradicação da doença de acordo com as normas do Programa Nacional de Erradicação à Aftosa (PNEFA), que prevê mudança da vacina e a retirada gradual da imunização dos rebanhos.
O Amazonas sai na frente dos demais estados e poderá ser um dos primeiros a retirar a vacinação contra a febre aftosa, a partir de 2020, caso seja aprovado o pleito brasileiro perante a OIE (Organização mundial de saúde Animal).
No programa de erradicação da doença, está previsto que a retirada total da vacinação será feita até 2023, começando pelo Norte do país, o chamado Bloco 2, que compreende Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia. Veja a íntegra do PNEFA.
Fonte: Mapa