Um rali das ações italianas impulsionado pela formação de um novo governo de coalizão elevou as ações europeias nesta quarta-feira, com os investidores também animados com a diminuição das tensões políticas no Reino Unido e em Hong Kong
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,93%, a 1.508 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,89%, a 383 pontos, liderado pelas ações italianas, depois que o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, apresentou seu novo gabinete.
Os investidores comemoraram uma coalizão inesperada que une dois partidos políticos rivais, o Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrata, afastando o risco de eleições antecipadas e instabilidade política prolongada.
Do outro lado do Canal da Mancha, os parlamentares britânicos derrotaram Boris Johnson na terça-feira, em uma tentativa de impedi-lo de tirar o Reino Unido da União Europeia (UE) sem um acordo de divórcio, levando o primeiro-ministro a exigir uma eleição antecipada.
O índice de Londres, o FTSE 100 —com forte composição de empresas exportadoras— teve um desempenho aquém do de seus pares, pressionado pela estabilização da libra na esteira dos eventos de terça-feira em Westminster.
Os bancos britânicos HSBC e Prudential —expostos à Ásia— impulsionaram o índice principal e ajudaram a estimular um aumento de 1,24% no setor bancário, depois que a líder de Hong Kong, Carrie Lam, retirou um projeto de extradição que desencadeou meses de protestos frequentemente violentos.
Além disso, dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que a atividade no setor de serviços da China se expandiu no ritmo mais rápido em três meses em agosto, com o aumento de novos pedidos.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,59%, a 7.311 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,96%, a 12.025 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,21%, a 5.532 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,58%, a 21.737 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,54%, a 8.856 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,94%, a 4.931 pontos.
Por Sruthi Shankar/ Reuters