Os abates de bovinos diminuíram, falta matéria-prima e as indústrias têm pulado dias de abate
Isso ajusta o mercado à demanda, que começou a segunda metade do mês em retração, e mantém os preços em alta. Foi a terceira semana seguida com valorizações da carne bovina no atacado, embora o ritmo de alta tenha diminuído.
Na primeira e segunda semanas de agosto as altas foram de 1,4% e 1,6%, respectivamente. Os últimos sete dias vieram com valorização de 0,5%.
Está claro que a alta no preço da arroba vem, primeiro, da redução na oferta de matéria-prima. Este mês, até agora, a arroba do boi em São Paulo subiu 7,0%. A carne vendida pelos frigoríficos teve valorização de 3,5% e ficou praticamente estável no varejo neste período. Ou seja, mesmo diante de um estoque mais enxuto, os repasses foram parciais.
Este cenário fez as margens das indústrias diminuírem. A diferença entre a receita da indústria que faz a desossa e o preço pago pela matéria-prima, que era de 40,0% há pouco mais de um mês, agora está em 29,0%. Embora ainda esteja quase dez pontos percentuais acima da média histórica, desde que atingiu o pico, diminuiu os mesmos dez pontos percentuais.
Ou seja, as vendas aparentemente não decolaram como a alta nos preços poderia sugerir e este será o fator que irá modular as valorizações no mercado do boi gordo no segundo semestre do ano.
Fonte: Scot Consultoria