Baseadas no alojamento de pintos de corte (levantamento mensal da APINCO), as projeções sobre a produção e a disponibilidade interna de carne de frango seguem negativas em relação a 2016
Mas, como se observou na divulgação anterior, a perda efetiva tende a apresentar índices de redução inferiores aos projetados a partir do alojamento de pintos de corte. Porque, em essência, cresceu (e bastante) a produtividade das aves alojadas, o que tem correspondido a mais carne de frango com o mesmo número anterior de pintos de corte.
De toda forma, mantidos os parâmetros até agora adotados (96% de viabilidade dos pintos alojados e peso médio, abatido, de 2,350 kg para o mercado interno e de 1,350 kg para o mercado externo), observa-se que o volume total produzido sofreu, em agosto, redução de 1,18% em relação ao mês anterior (com, também, 31 dias), enquanto em comparação a agosto de 2016 a redução superou os 4,5%.
Mas como, no mês, as exportações deram um grande salto (aumentos de 8,5% e de 14% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado), os efeitos sobre a disponibilidade interna foram mais sensíveis, fazendo com que a oferta aparente retrocedesse ao menor volume dos primeiros oito meses de 2017.
Aqui, porém, se está falando da oferta nominal. Porque, considerado o número de dias do mês, o volume registrado em agosto (31 dias) é, em termos reais, o menor dos últimos 12 meses, ficando aquém até mesmo das 692,8 mil toneladas de setembro do ano passado (30 dias).
Esse baixo nível, infelizmente, continuou sendo insuficiente para dar maior sustentabilidade ao frango. No atacado paulistano, o frango inteiro resfriado apresentou leve recuperação em relação ao mês anterior, mas operou com o segundo menor preço do ano. No varejo (dados do IBGE para o IPCA de agosto) retrocedeu à menor cotação de 2017.
Fonte: Avisite