Baseada na produção de pintos de corte, sobre a qual aplicou parâmetros específicos de produtividade, a APINCO estimou que em março passado a produção brasileira de carne de frango aproximou-se de 1,135 milhão de toneladas, volume que representou redução superior a 5% sobre o que foi produzido em março de 2016 (quase 1,2 milhão de toneladas).
O que assusta, aqui, é que em relação ao mês anterior, fevereiro de 2017, ocorreu aumento próximo de 10%. Notar, porém, que esse aumento é apenas aparente, só existe em termos nominais. Ou seja: consideradas as médias diárias distribuídas entre fevereiro (28 dias) e março (31 dias), a produção efetiva do mês passado recuou 0,74%.
E como, em março, as exportações de carne de frango também evoluíram negativamente em relação ao mesmo mês do ano anterior (-5,88%) e recuaram quase na mesma proporção da produção (-5,24%), a oferta interna acabou tendo idêntico comportamento, ou seja, caiu praticamente 5% em relação a março de 2016.
Aqui, novamente, chama a atenção o fato de a disponibilidade interna de março ter sido quase 7,5% superior à de fevereiro. Mas, outra vez, levando em conta o número de dias de um e outro mês, a oferta real de março foi quase 3% inferior à do mês anterior.
Com tais resultados, tanto a produção como a oferta interna acumuladas seguem com resultados negativos em relação a idêntico período anterior. Assim, no primeiro trimestre do ano a produção retrocedeu 3,81% e a disponibilidade interna 7,55% (ou 2,74% se considerado que o primeiro trimestre do ano passado teve um dia a mais). Já o acumulado nos últimos 12 meses apresenta redução de 2,41% na produção e de 3,54% na oferta interna.
Em suma, só as exportações continuam a registrar evolução positiva. Mesmo isso, porém, apenas no primeiro trimestre de 2017 (+8,78%). Quer dizer: no acumulado dos últimos 12 meses o volume permanece estável, com um incremento de 0,04%, apenas 1,9 mil toneladas a mais.