A tese defendida pelo AviSite de que os dados da SECEX/ME relativos às exportações dos cinco primeiros dias de agosto estão inflados por restos não contabilizados do mês anterior (vide “Embarques de carne de frango: inconsistência nos primeiros números de agosto”) não está restrita à carne de frango, estende-se, também, às carnes bovina e suína.
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Não que as exportações de carnes venham a enfrentar algum retrocesso neste mês: todos os indicadores de mercado sinalizam avanços que podem ser significativos. Mas difícil – senão impossível – contar com um incremento que, pela média diária, represente aumento de volume de mais de 40% para a carne bovina, de mais de 50% para a carne de frango ou de mais de 170% para a carne suína.
Breve retrospectiva abrangendo os últimos 24 meses apontam que o máximo atingido pelas três carnes somadas foi pouco além das 600 mil toneladas. O detalhe, neste caso, é que o máximo de cada carne foi atingido em meses diferentes. Mas a média diária atual conduz a uma projeção mensal cerca de um terço maior, só que em um único mês.
A menos que, mantendo os mesmos parâmetros, os embarques finais deste mês sejam contabilizados apenas em setembro, os números de agosto deixarão de propiciar um retrato fiel do comportamento das exportações no mês. De toda forma, os embarques diários desta e das duas próximas semanas serão um bom indicativo do andamento do setor exportador.
Por Avisite