Dados mais exatos coletados por ferramentais digitais são valiosos para melhor precificação das apólices.
As ferramentas digitais, que vêm ajudando a melhorar a captação de dados de diversas atividades diárias no campo, podem contribuir para que o produtor construa um histórico preciso e detalhado da sua produção, informação que será valiosa para precificação da apólice de seguro rural. O diagnóstico é do diretor técnico da Markel Seguros, Rodrigo Motroni, que conversou com a reportagem do CenárioAgro, durante o Congresso Andav, dedicado ao segmento de insumos agrícolas e realizado na última semana em São Paulo.
A baixa confiabilidade de estatísticas oficiais, como, por exemplo, do IBGE, ainda utilizadas para precificação do seguro rural leva à generalização dos dados, o que se reflete no valor do prêmio – custo – das apólices. Por outro lado, segundo Motroni, quanto maior a exatidão dos dados de produção menor será a “gordura” que a seguradora terá que colocar no prêmio como colchão de risco. “Esta qualidade da informação pode colaborar para reduzir o valor da apólice, já que o conhecimento do histórico de produção aumenta as chances de personalização da cobertura.”
De acordo com o executivo, a subvenção governamental é imprescindível para expansão do seguro rural. “O subsídio é fundamental em qualquer país, não é uma necessidade só do agro brasileiro”, ressalta Motroni, ressalvando, porém, para a constante ameaça de contingenciamento dos recursos, devido à crise fiscal do País.
Com três anos de atuação no mercado nacional, a Markel declara ter emitido cerca de 11 mil apólices e, aproximadamente, R$ 130 milhões em prêmios.
Fonte: Cenário Agro