O PIB do agronegócio mineiro fechou 2017 com baixa de 5,96%, segundo cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, com o apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de Minas Gerais (Senar-AR/MG)
De acordo com pesquisas do Cepea, a queda anual esteve atrelada ao forte recuo de 10,83% observado no ramo agrícola no acumulado do ano, visto que o ramo pecuário registrou ligeira alta de 0,07%.
Assim como verificado em âmbito nacional, a queda na renda do agronegócio mineiro esteve relacionada à redução de preços em várias atividades. Esse movimento, por sua vez, foi motivado pela maior oferta no mercado, resultante do clima favorável e de investimentos nas lavouras. No caso de Minas Gerais, ainda se destaca o desempenho negativo de atividades importantes como o café (ano de bienalidade negativa) e do leite (que apresentou grande redução de preço via maior oferta).
Com relação ao ambiente macroeconômico nacional, a taxa acumulada ao longo do ano do PIB brasileiro, que apresenta a variação em volume em relação ao mesmo período do ano anterior, calculada pelo IBGE, apresentou evolução de 1%. Em 2017, foi destaque o crescimento de 13% no segmento agropecuário. Verifica-se que a economia brasileira apresenta sinais de leve recuperação, impulsionada pelo grande volume de produção agropecuária, com consolidação da supersafra de grãos. No entanto, apesar do alto volume de produção da agropecuária, este setor tem apresentado redução da renda, com queda avaliada no preço da maior parte dos produtos.
Por Cepea