Até segunda não deverá ter novidades, além da continuidade do cenário, porém com alguns sinais de atenção a mais no Centro-Oeste. Menos para o pastos
Por Giovanni Lorenzon – AGRONEWS®
O clima continua dividindo o país, podemos chamar assim, uma vez que até a próxima segunda, as chuvas seguirão em bons volumes do Sudeste para cima do Brasil.
No Sul, fica abaixo do meio da tábua meteorológica.
E, se a seca no Sul, que quebrou feio a safra de soja, entrou no preço, o excesso de chuvas no resto no país pode entrar também, se prejudicar os trabalhos de colheita ou mesmo começar a apodrecer os pés que serão colhidos mais tardiamente.
E para as demais commodities, que estão sob influência dos regimes bem chuvosos, produtores e exportadores estão atentos também em relação às suas decisões de venda, por exemplo.
Com base no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) os volumosos são esperados entre 100 e 200 mm, para grandes regiões do Mato Grosso, Centro-Norte de Goiás e Tocantins.
Não haverá alívio nos próximos dias.
No Mato Grosso do Sul os indicadores de chuvas são pouco menores.
De olho na soja ainda, a Região Sul não volta a apresentar muito otimismo, depois das boas chuvas do fim de semana em algumas áreas do Rio Grande do Sul, onde as lavouras são mais tardias.
O Inmet observa tendências de no máximo 40 mm no Leste do Estado, também em Santa Catarina, e na porção Sudeste do Paraná.
Sobre o café da Zona da Mata mineira, 160 mm estão nos registros numéricos do Inmet.
Com base nos dados dos mapas climáticos do NOAA, dos Estados Unidos, as precipitações em Minas devem superar os 150 mm.
Em relação a São Paulo, onde a cana se aproveita de índices de janeiro, que em uma semana superaram todo o mês, as lavouras seguirão sob acumulados que vão variar de 60 a 150 mm. Mas a qualidade pode cair, porque o tempo mais úmido prejudica a concentração da sacarose.
Além disso, de olho também no tempo muito fechado. Cana gosta de chuva, mas também de sol na medida certa.
Bom mesmo está para as pastagens nesse período, justamente sobre as principais regiões produtoras de boi.
A recuperação da massa verde vai muito bem, o que ajuda a sustentar os preços do animal contra a pressão dos frigoríficos.
Há uma tendência de as ofertas das indústrias cederem com a expectativa de maior volume de boi acabado, mas o invernista fica mais folgado agora, podendo manobrar melhor com sobra de capim.
Da semana que vem ao fim da primeira quinzena do mês, há uma distribuição melhor das chuvas, e um pouco mais amenas no Centro-Oeste, mas o céu fica carregado ainda em boa parte de São Paulo, Minas e Rio.
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