Na qualidade de maior exportador mundial de carne de frango, o Brasil é, naturalmente, o principal formador de preços do produto no mercado internacional. Mas, como apontam dados da FAO, os preços brasileiros têm evoluído – em valores relativos – aquém dos apontados mensalmente pela Agência de Agricultura e Alimentação das Nações Unidas. E isso faz com que a média internacional seja puxada para baixo
Tomando como parâmetro os preços médios mensais extraídos, internamente, da SECEX/ME e, internacionalmente, do Índice de Preços dos Alimentos da FAO (FFPI, na sigla em inglês), constata-se que nos últimos 113 meses (período iniciado em janeiro de 2011 e encerrado em maio passado – 9 anos e cinco meses) os preços brasileiros foram superiores aos da FAO em apenas 39 ocasiões (34,5% do total). Ou seja: em cerca de dois terços do período analisado os preços da carne de frango brasileira registraram evolução relativa de preço inferior ao do FPPI.
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Embora em alguns momentos tenha chegado a ficar mais de 5% acima do resultado apontado pelo índice da FAO (por exemplo, 105,92% em dezembro de 2018), na média desses poucos mais de 9 anos, o preço registrado pelo produto brasileiro ficou cerca de 1% abaixo do FFPI.
Mas o oposto (e na mesma proporção) também tem sido registrado. E um dos piores resultados do período analisado ocorreu em maio passado, ocasião em que o valor médio da carne de frango in natura do Brasil ficou quase 5,5% aquém do apontado pela FAO em seu FFPI.
Notar, neste caso, que o índice apontado pela FAO para o mês de maio de 2020 corresponde ao menor resultado registrado desde janeiro de 2016. Já o índice extraído dos dados da SECEX/ME aponta que, no mês passado, o preço brasileiro retrocedeu ao menor nível da década.
Por Avisite
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