Individualizadas as exportações brasileiras de carne de frango sob o ângulo dos quatro principais itens exportados – frango inteiro, cortes de frango, industrializados de frango e carne de frango salgada – constata-se que apenas os cortes de frango vêm tendo embarques superiores aos do ano passado
O setor completou os oito primeiros meses de 2017 enfrentando uma redução de volume de 2,66% em relação ao mesmo período de 2016. Isso corresponde a, aproximadamente, uma queda de 78,2 mil toneladas, na qual o frango inteiro teve maior participação (73,7 mil toneladas a menos, frente à redução de 21,2 mil toneladas da carne salgada e de 8,2 mil toneladas dos industrializados). Quer dizer: o tombo teria sido maior não fosse o aumento de quase 25 mil toneladas nos cortes de frango.
Analisada, agora, a evolução de preços, constata-se que três desses quatro itens continuam alcançando valor médio superior ao dos mesmos oito meses de 2016 (ainda que, no momento – e sob os efeitos da Operação Carne Fraca – tais preços apresentem estabilidade ou retrocesso). Neste caso, a exceção recai sobre a carne salgada, cerca de 3% mais barata.
Mesmo assim, só os cortes de frango apresentam, novamente, evolução positiva também na receita cambial. Das mais significativas, pois o incremento está próximo dos 17%, o que possibilitou neutralizar a perda de receita dos outros três itens e garante, por ora, um aumento de 6,13% na receita cambial da carne de frango.
A mencionar, ainda, que com esse desempenho os cortes passam a responder por quase 65% da receita cambial da carne de frango. É o mais elevado índice de participação já registrado pelo produto em todos os tempos.
Fonte: Avisite