Considerados os preços registrados no interior paulista para o frango, suíno e boi vivos, constata-se que o frango vivo alcança, até aqui, valor médio correspondente a 24% do preço do boi, enquanto no tocante ao suíno esse índice praticamente dobra, ficando próximo dos 48%.
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Mas não é só essa diferença que marca a relação de preços do frango vivo com o suíno e o boi. Pois enquanto a relação de preços com o boi permanece em relativa estabilidade, a referente ao suíno apresenta significativa variação.
Detalhando no tocante ao boi, os preços obtidos pelo frango vivo corresponderam a um mínimo de 21,53% e a um máximo de 26,23% – amplitude, portanto, de 4,7 pontos percentuais. Já no tocante ao suíno esses índices foram de, respectivamente, 37,72% e 61,70%, correspondendo a uma amplitude de, praticamente, 24 pontos percentuais.
Esses altos índices de variação são reflexo dos problemas enfrentados por avicultura e suinocultura com o isolamento social imposto pela Covid-19. Assim, por exemplo, no final de abril – ocasião em que a cotação do frango vivo correspondeu a mais de 60% do preço alcançado pelo suíno – os dois produtos conviviam com a mais baixa remuneração da presente década. Mas as baixas enfrentadas pelo suíno foram, então, bem mais incisivas que as do frango.
Porém, no momento, o frango vivo tem a mais fraca relação de preço com o suíno, sua cotação atual (R$4,30/kg no interior paulista), correspondendo a não mais que 37% do valor médio de R$171,00/arroba ora recebido pelo suíno.
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Já a relação de preços com o boi em pé permanece próxima da média registrada nestes poucos mais de 10 meses de 2020, situando-se (considerada em R$266,00 a arroba do boi) em 24,25%. É, para o frango, um resultado ligeiramente melhor que o observado no bimestre abril/maio, quando a relação de preços do frango com o boi não foi muito além dos 20%.
Mas a pergunta que se faz neste instante é se ou quanto o frango ganhou de competitividade frente ao boi e ao suíno. Pois analisando-se o comportamento dos três produtos nos cinco anos passados (2015 a 2019) constata-se que, em média, o frango atingiu valor correspondente a 28,16% do preço do boi, com mínimo de 26,62% em 2015. Já no caso do suíno a média do quinquênio ficou em 56,22%, com mínimo de 49,36% em 2017
Portanto, em relação aos níveis até agora registrados – média de 24% para o boi e de 48% para o suíno, a competitividade obtida pelo frango atinge o maior nível dos últimos seis anos.
Por Avisite
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