O bom desempenho da agricultura no primeiro trimestre de 2021 elevou o número da população ocupada no segmento primário (“dentro da porteira”) frente ao mesmo período de 2020.
Inclusive, dentre os quatro segmentos (insumos, primário, agroindústria e agrosserviços), o primário foi o único a apresentar aumento na geração de empregos na comparação entre o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2020, de 4,1%. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o aumento das ocupações se concentrou nas atividades da agricultura, com destaque para a horticultura, cereais, soja e o grupo de “outras lavouras”.
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Essa geração de empregos no campo, por sua vez, contribuiu para que o cenário do mercado de trabalho do agronegócio como um todo fosse, em média, mais favorável que o dos demais setores no País. Pesquisas realizadas pelo Cepea a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS mostram que a população ocupada (PO) no agronegócio somou 17,42 milhões de trabalhadores no primeiro trimestre de 2021, diminuição de 3,1% (ou de 551 mil pessoas) frente ao mesmo período do ano passado.
Segundo pesquisadores do Cepea, a diminuição no número da população ocupada no agronegócio no primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período de 2020, em partes, ainda é reflexo da intensa redução dos empregos observada entre abril e junho de 2020, devido, sobretudo, à pandemia da covid-19 e seus desdobramentos. Entre os primeiros trimestres de 2021 e de 2020, destacam-se as reduções observadas na agroindústria e nos agrosserviços, de aproximadamente 9% em cada segmento.
O número de ocupados no Brasil, por sua vez, registrou queda mais intensa nessa mesma comparação, de 7,1%, o equivalente a 6,57 milhões de pessoas. Desse modo, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro aumentou para 20,33%, contra 19,48% de janeiro a março de 2020.
Escolaridade
A tendência de aumento do grau de escolaridade médio dos trabalhadores do agronegócio foi mantida entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021, com queda nos empregos dos poucos escolarizados e aumento nos com ensino superior.
Fonte: Cepea
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