O deputado federal Nilson Leitão, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) discutiu com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, apoio para que pequenos e médios frigoríficos consigam exportar a sua produção. A pauta foi provocada pela Associação Comercial dos Exportadores de Carnes do Brasil, representada no encontro pelo seu vice-presidente, João Vianei. A entidade é formada por 176 empresas das quais 132, atuam no abate de suínos. Do total de associados apenas 52 estão aptos a exportar. Dois são de Mato Grosso.
No documento entregue a José Serra, os pequenos e médios frigoríficos pedem uma política de governo que seja capaz de abrir as portas do mercado externo para além das grandes empresas e sugerem que a interferência do ministério das Relações Exteriores seja isenta de ideologia político-partidária.
O grupo indicou países como Estados Unidos, China, Coréia do Sul, Japão, México, Canadá, Peru, Colômbia, Ucrânia, Taiwan e União Europeia para a promoção de acordos bilaterais e futuras missões de negociações. O Qatar é hoje um dos signatários de acordo bilateral que tramita na Câmara e que dará, aos pequenos e médios, a oportunidade de exportação de sua produção.
Outro mercado alvo é a União Eurasiática, bloco liderado pela Rússia e que tem como parceiros a Bielorrússia, o Cazaquistão, o Quirguistão, o Tajiquistão. Juntos estes países somam cerca de 190 milhões de habitantes, potenciais consumidores da carne brasileira.
Para Leitão o encontro foi produtivo, sobretudo pela visão macro, do atual ministro. “O ministro José Serra é um homem experiente, ouviu as reivindicações e prometeu auxiliar os pequenos e médios produtores a consolidar o projeto de exportação. O Brasil é grande e não podemos mais ter uma política de apartheid voltada para apenas uma parcela da sociedade. Os pequenos e médios podem tanto quanto os grandes, gerar emprego, renda e o equilíbrio de nossa balança comercial”, destacou Leitão.
A expectativa é que a abertura do mercado externo ajude a recuperar diversas empresas frigoríficas que enfrentaram problemas nos últimos anos para se manter ativas, o que gerou entre outros, desemprego.