A queda mais forte na produção de leite no país em abril (-3,3%) e o ritmo menor de crescimento do volume captado em maio, com os atrasos na safra na região Sul e clima menos favorável, colaboram para um ajuste do lado da oferta de matéria-prima (leite cru), em meio à demanda interna patinando.
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Com isso, os preços do leite ao produtor no pagamento de junho, que remuneram a produção entregue em maio, subiram. Considerando a média nacional dos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, a alta foi de 4,0% em relação ao pagamento anterior.
No Sul do país, as altas chegaram a 10,1% em Santa Catarina e 7,3% no Rio Grande do Sul.
Lembrando que as cotações ficaram estáveis no pagamento realizado em abril e caíram em maio último, com a forte pressão do lado da demanda interna (reflexo da pandemia), mesmo em um período de queda na produção em boa parte das bacias leiteiras no país.
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Os estoques menores nas indústrias (produção de matéria-prima mais ajustada) e a ligeira melhora no escoamento de produtos lácteos, com a flexibilização da abertura do comércio e retomada gradual das atividades colaboraram com as altas de preços no atacado e valorizações para o produtor.
Para o pagamento a ser realizado em julho/20, referente a produção entregue em junho último, a expectativa é de alta para o produtor em 73,0% dos laticínios pesquisados, 24,0% estimam manutenção e 4,0% das indústrias acreditam em queda no preço do leite ao produtor, sendo essas na região Nordeste.
Para o pagamento a ser realizado em agosto, a maior parte das indústrias no Sul do país estimam manutenção do preço pago ao produtor, mas uma parcela ainda fala em alta.
Por Scot Consultoria
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
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