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Entre as novidades sobre os defensivos agrícolas, está uma alternativa para o manejo de populações resistentes de mosca-branca, com uso aprovado também para a agricultura orgânica
O Ato n° 38 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da União, traz o registro de 50 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 25 são produtos biológicos, sendo nove aprovados para uso na agricultura orgânica.
Com o registro desses produtos hoje, já somam 69 produtos de baixa toxicidade registrados em 2022. Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.
Entre as novidades dos produtos biológicos, o fungo Cordyceps javanica, uma alternativa para o manejo de populações resistentes de mosca-branca, ganhou o seu primeiro registro no Mapa, com uso também aprovado para a agricultura orgânica. Os fungos entomopatogênicos estão entre os mais importantes inimigos naturais das moscas-brancas e penetram diretamente no inseto, sem necessidade de ingestão.
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Um outro controlador biológico, o nematoide Heterorhabditis bacteriophora, que detinha apenas um produto no mercado, agora recebeu autorização para uso em um produto para controle das lagartas Spodoptera frugiperda e Scaptocoris castanea. A spodoptera foi recentemente considerada como uma praga prioritária para a agricultura.
Também para Spodoptera frugiperda tem o primeiro registro do nematoide entomopatogênico Steinernema carpocapsae, que além de controlar a lagarta Spodoptera também é indicado para o controle de moscas-dos-fungos (Bradysia matogrossensis) e do bicudo-da-cana-de-açúcar (Sphenophorus levis).
Para a agricultura orgânica foram ofertados nove produtos, dentre eles o parasitoide Tetrastichus howardi, a vespinha parasitoide Telenomus podisi e os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, aumentando o leque de opções para o agricultor.
Já em relação aos produtos químicos registrados, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Espiropidion será ofertado aos agricultores. Trata-se de um inseticida que estava em análise desde 2018 e é recomendado para o controle de pulgão, trips e mosca-branca nas culturas do algodão, feijão, soja e tomate.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
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