O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de Emergência devido às queimadas na região do Pantanal. O decreto assinado pelo governador, Reinaldo Azambuja, menciona dados do Ibama que apontam a destruição de 1 milhão de hectares entre os meses de agosto e setembro.
O documento ainda afirma que o mês de setembro será o mais crítico devido à estiagem, baixa umidade relativa do ar e alertas de onda de calor que tem causado prejuízos à população.
As Unidades Básicas de Saúde registraram aumentos expressivos de atendimentos por causa de doenças relacionadas à qualidade do ar. A situação de emergência vai durar 180 dias.
O decreto engloba 9 municípios: Aquidauana, Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Corumbá, Ladário, Bonito, Miranda, Porto Murtinho e Bodoquena. Destes, Corumbá é a cidade com o maior número de focos de incêndio do país.
O principal objetivo ao decretar a situação de emergência, de acordo com o Governo do Mato Grosso do Sul, é conseguir recursos e apoio do Governo Federal para medidas urgentes de combate ao fogo.
O decreto autoriza a mobilização de todos os órgãos da estrutura administrativa do governo estadual nas ações de resposta ao desastre. Ele ainda permite que a convocação de voluntários para reforçar as ações e a realização de campanhas de arrecadação de recursos para facilitar o atendimento da população afetada.
Este é o segundo estado a decretar situação de emergência por causa das queimadas. Na terça-feira (10) o Mato Grosso recorreu ao decreto por um período menor, de 60 dias.
Neste caso, o governo mencionou o aumento de 230% no registro de focos de incêndio durante o mês de agosto.
Assim como o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso passa por um período de estiagem e umidade relativa do ar de no máximo 20%, condições que favorecem a propagação do fogo.
*Com informações da repórter Nanny Cox