Mato Grosso recebe na quinta-feira (26.05), em Paris, o certificado internacional de zona livre da peste suína clássica. O certificado será entregue durante a 84ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Para chegar ao reconhecimento Mato Grosso precisou se adequar aos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela OIE. O pleito foi possível em função da parceria realizada entre a atual administração estadual e a Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat) com a instalação de barreiras fixas sanitárias na fronteira com o Pará.
A certificação representa a abertura de novos mercados consumidores para a carne suína produzida em Mato Grosso. Para o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Alexandre Possebon, a cadeia da suinocultura tende a expandir a atividade. “A certificação significa a abertura de mercados que ainda não acessamos e que exigem a certificação, como o Japão. Representa um efeito no aumento de investimentos na produção, o que torna o Estado apto a receber novas empresas para explorar esse mercado e intensificar a atividade”.
De acordo com o Indea Mato Grosso registrou em 2015 um crescimento de 37,5% no rebanho suíno em relação a 2014, saindo de 1,901 milhão de cabeças para 2,614 milhões, distribuídas em 415 granjas. O aumento é atribuído ao uso de tecnologia e ao acompanhamento efetivo, fiscalizações e coleta de dados realizados pelos fiscais do instituto. Mato Grosso é o quinto maior produtor de suínos do país e segundo o Indea em 2015 foram abatidos 2,255 milhões de animais.
Conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) as exportações mato-grossenses de carne suína deram um salto de 388,59% em 2015, se comparadas a 2014. No ano passado as vendas para o mercado internacional atingiram 21,85 mil toneladas, ante 4,48 mil/t comercializadas no ano anterior.
O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT), Guilherme Nolasco, destaca que a certificação marca um novo tempo para a defesa sanitária animal em Mato Grosso. “A conquista é um marco para a defesa sanitária animal do estado. Era um desafio conseguir realizar as adequações dentro do prazo. Realizamos todo um plano de trabalho que envolveu toda a equipe técnica no cadastramento de propriedades, inventário do rebanho, abertura de postos fixos e barreiras volantes, tudo para atender às exigências do Mapa e da OIE”.
“Nosso desafio agora é manter o status sanitário, dando continuidade aos trabalhos de monitoramento de toda a atividade suinícola, com vigilância sanitária e monitoramento do trânsito de animais”, pontuou Nolasco.
O Governo do Estado estará presente no evento representado pelo presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT), Guilherme Nolasco, o secretário adjunto de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Alexandre Possebon, a diretora técnica do Indea, Daniella Bueno e a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Suídea, Daniella Schettino.