Nessa etapa é obrigatória a vacinação de bovinos e bubalinos de todas as idades, “mamando a caducando”, exceto a microrregião do Baixo Pantanal Mato-grossense.
Os números apresentados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, na manhã desta sexta-feira(05), mostram que em maio deste ano foram vacinados no estado um total de 29.796.789 de bovinos e bubalinos, quantidade correspondente a 99,73% do rebanho total, que é de 29.878.076.
Segundo o presidente do INDEA-MT, Tadeu Mocelin, a baixa inadimplência é resultado do trabalho conjunto entre a entidade e demais elos da cadeia produtiva, que envolve divulgação, educação sanitária, fiscalização e fundamental apoio dos produtores rurais. “Há vários anos Mato Grosso vem conseguindo vacinar mais de 99% do seu rebanho, isso demonstra a preocupação dos produtores em manter a sanidade no estado. Estamos muito contentes com os resultados“, completa Mocelin.
A população de bovinos e bubalinos existentes no estado de Mato Grosso alcançou 30 milhões cabeças neste ano. Desde 2005 as etapas têm alcançado índices de vacinação superiores a 99% de imunização em todas as regiões.
Lembrando que a vacinação é de inteira responsabilidade do produtor rural, durante o período desta etapa de vacinação, como previsto, o INDEA-MT fiscalizou 2.471 estabelecimentos rurais, o que corresponde a 2.6% dos estabelecimentos existentes no estado de Mato Grosso.
O Indea e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) são os órgãos oficiais responsáveis pela regulamentação, divulgação, educação sanitária, controle e fiscalização da vacinação, cabendo ao produtor arcar com a aquisição e aplicação da vacina.
Para o Superintende Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado de Mato Grosso, José de Assis Guaresqui, cabe ao MAPA a gestão estratégica das ações, mas para a efetiva realização daquilo que esta previsto nas campanhas de vacinações, depende e muito do trabalho realizado pelas instituições estaduais e principalmente da conscientização do produtor rural. “Mato Grosso mais uma vez conseguiu alcançar a excelência nos resultados, e isso nos deixa muito felizes. Nós sabemos que para se alcançar esses números, tem que haver muito empenho por parte de todos os envolvidos, este alinhamento entre o órgão federal, estadual e produtor rural, faz toda diferença“, esclarece o superintendente.
Há ainda uma parceria com entidades ligadas ao setor pecuário como a FAMATO, ACRIMAT, ACRISMAT, SINDIFRIGO, OVINOMAT e o FESA pra implementação de medidas de prevenção contra a febre aftosa.
Vale ressaltar que o último foco da doença no estado ocorreu em 1996, e atualmente Mato Grosso é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação.
Mato Grosso se prepara para deixar de vacinar contra febre aftosa ainda este ano. O Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que estava previsto para entrar em vigor em maio deste ano, foi adiado pelo ministério da agricultura para ter início em novembro. Para projetar a transição de status sanitário, as unidades da Federação foram organizadas em cinco blocos, considerando critérios técnicos, estratégicos, geográficos e estruturais. Esse agrupamento visa favorecer o processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação de forma regionalizada, com início ainda em 2019 e conclusão em 2023, quando todo país alcançaria a condição de livre de febre aftosa sem vacinação, reconhecida pela OIE.
O presidente da instituição avalia que há uma importância muito grande para o estado em se conseguir este status “livre de Aftosa sem vacinação“, mas tem que se ter extremo cuidado e responsabilidade na implantação do plano. “No caso específico de Mato Grosso, que conta com mais de 30 milhões de animais, estamos falando de um patrimônio equivalente a cerca de R$ 50 bilhões, somente de bovinos no estado, sem levar em consideração aves, suínos e outras cadeias produtivas, lembrando que todo agronegócio é impactado caso haja um foco de febre Aftosa”, esclarece Dr. Tadeu.
Você pode conferir a entrevista exclusiva para o portal AGRONEWS BRASIL, sobre a retirada da vacinação acessando o link abaixo:
Por Vicente Delgado – AGRONEWS BRASIL