No mercado da soja, disputa entre mercado interno e externo impulsiona os preços no Brasil, confira:
Na última semana, o mercado da soja viveu momentos de intensa disputa entre compradores internos e externos, resultando em um aumento significativo dos preços no Brasil. O cenário se desenrolou em meio à demanda aquecida da indústria nacional por matéria-prima, impulsionada pelo forte interesse dos consumidores domésticos pelos derivados da soja, além das perspectivas de crescimento nas exportações devido aos conflitos geopolíticos envolvendo Rússia e Ucrânia, que podem redirecionar importadores de óleo para o Brasil, e à redução da oferta Argentina.
Por outro lado, os produtores brasileiros estão cautelosos nas negociações, optando por reter grandes volumes da safra 2022/23 em silos-bolsa, uma escolha incomum para esse tipo de armazenamento, mas que sinaliza estratégias em meio ao cenário atual.
Demanda Interna Aquecida: A indústria nacional de produtos derivados do grão tem vivenciado um momento de elevada demanda interna, o que tem resultado em uma corrida para garantir o abastecimento no mercado spot. Consumidores têm buscado ativamente os produtos à base de soja, impulsionados por uma maior conscientização sobre os benefícios nutricionais e a versatilidade desses alimentos. A crescente preocupação com a saúde e a busca por uma dieta equilibrada têm estimulado o consumo de produtos à base de soja, tais como óleos, proteínas vegetais e lecitina.
Expectativas de Crescimento nas Exportações: Além da demanda interna, as perspectivas de crescimento nas exportações têm animado o mercado. A instabilidade geopolítica entre Rússia e Ucrânia tem levado países importadores de óleo a buscarem alternativas de abastecimento. Nesse contexto, o Brasil surge como uma opção atraente, dada sua robusta produção e capacidade exportadora consolidada. Essa busca por fornecedores alternativos tem elevado a procura pela soja no mercado internacional, impulsionando os preços internos.
Redução da Oferta Argentina: A menor oferta de soja na Argentina, um dos principais concorrentes do Brasil no mercado de exportações, tem contribuído para o cenário de disputa acirrada. Problemas climáticos e questões logísticas têm afetado a safra da Argentina, reduzindo sua capacidade de suprir a demanda global. Diante disso, os compradores internacionais têm se voltado para o Brasil em busca de suprir suas necessidades de matéria-prima, o que tem influenciado no aumento dos preços da soja nacional.
Cautela nas Vendas de Grandes Volumes: Diante do cenário de elevação dos preços da soja e das incertezas do mercado, os produtores têm adotado uma postura cautelosa nas negociações. Uma parcela significativa dos produtores tem preferido reter o remanescente da safra 2022/23 em silos-bolsa, em vez de comercializá-la imediatamente no mercado spot. Essa estratégia visa aproveitar o momento favorável para os produtores, que veem valorizações consistentes de seus estoques.
Na análise da semana anterior analisa “A soja demonstra mais uma vez sua relevância, alcançando os maiores patamares nominais desde abril do ano corrente. A disputa acirrada entre compradores impulsionou a alta nos preços, refletindo uma demanda aquecida pelo grão. A ascensão do farelo, influenciada pela valorização da matéria-prima e do derivado, também contribui para o panorama favorável do mercado da soja. No entanto, o óleo de soja enfrenta desafios com a retração de compradores”. Veja mais da análise anterior clicando aqui.
Tecnologia na defesa ambiental
Os incêndios florestais têm sido uma ameaça constante ao meio ambiente, causando danos irreparáveis à fauna, flora e comunidades rurais. Mas e quando o fogo atinge uma propriedade sem que o proprietário tenha dado causa? Como provar a inocência e, ao mesmo tempo, contar com mecanismos eficazes de defesa ambiental? Hoje, no quadro de Direito Ambiental do Agronews, a Dra. Alessandra Panizi conversa novamente com o ecólogo Salatiel Araújo, que nos apresenta uma nova perspectiva tecnológica e defensiva. Aperte o play e confira!
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