O avanço tecnológico e as mudanças climáticas

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Estamos sob uma ameaça existencial eminente?

Por Arno Schneider – Engº Agrº e diretor da Acrimat

O avanço tecnológico e as mudanças climáticas

As metas dos países participantes das Conferências do Clima, são sempre as mesmas e já estão vulgarizadas. A cada COP que passa, ficam devendo cada vez mais medidas neutralizantes das emissões.
A COP 27 deixou claro que não tivemos muitos avanços na descarbonização da atmosfera.

Se, no entanto, a ciência comprovar que estamos caminhando para um aquecimento promovido por causas antropogênicas, com as consequências desastrosas alertadas pelo Painel do Clima, esta mesma ciência, saberá resolver todas essas questões.

São três as principais emissões antropogênicas de gases climáticos. O consumo do petróleo desde a extração, refino e queima dos combustíveis, a produção de energia e o uso do solo, incluindo aí, todas as atividades do agro e os desmatamentos.

Veículos com motores a explosão, consumidores de combustíveis fósseis, serão substituídos nos próximos 10-20 anos por veículos elétricos. O processo já deu a largada e será inexorável.

A indústria petrolífera, responsável pela maioria dos poluentes climáticos, tenderá a quase desaparecer.
A produção de energia, grande emissora de GEE, tenderá a ser quase que totalmente limpa. Os biocombustíveis, as energias, eólica e solar, e muito provavelmente a energia atômica, vinda da fissão e fusão nuclear, serão as campeãs da produção energética. A tecnologia irá promover maior segurança à fissão e viabilidade econômica para a fusão.

Na agricultura, temos três tecnologias, produzidas pela pesquisa brasileira, todas elas com considerável impacto na produtividade e na ambiência: o plantio direto, que ainda viabilizou a safrinha; terraços de base larga, que controlam a erosão e permitem o trânsito de máquinas em todas as direções e o projeto ILPF (Integração Lavoura–Pecuária–Floresta) e suas combinações, recentemente saídas das fornadas da Embrapa.

Na pecuária, o uso de ionóforos, redução da idade do abate, integração pastagem–floresta e reforma de pastagens, são tecnologias com impacto direto no balanço do carbono.

Quanto aos desmatamentos, o assunto somente será plenamente resolvido quando a floresta em pé valer mais que a floresta derrubada. O mercado de crédito de carbono poderá resolver essa questão.
Todas essas tecnologias, ou já estão em uso, ou serão viabilizadas nas próximas uma ou duas décadas e se anteciparão ao catastrofismo climático anunciado.

Entretanto, necessário se faz, pesquisar alguma tecnologia que reduza o CO2 já existente na atmosfera. A mais promissora, batizada de DAC, aspira diretamente o CO2 da atmosfera. Já existem 19 plantas experimentais em funcionamento. Falta ainda viabilizar economicamente a captura desse gás.

A instalação de catalisadores nas chaminés das fábricas também promete a captura de gases diretamente na sua emissão.

É preciso considerar ainda que ninguém vai abdicar da segurança alimentar nem dos confortos conquistados.

Prova disso é a reativação de dezenas de usinas movidas a carvão na Europa após a interrupção do gás russo.

A sustentabilidade ambiental não deve ser romântica, emotiva ou poética. Interesses comerciais, ideologias ou outros componentes tendenciosos deverão ser eliminados. A ciência, através de novas tecnologias para cada setor produtivo, deverá prevalecer e será decisiva para a solução da crise climática e do catastrofismo anunciado.

Desde Malthus, no século XVIII, os profetas do caos se deram mal.

O grande juiz desse impasse será a ciência.

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