Com o assunto em alta, o Zootecnista e também Doutor em Nutrição Animal, Dorival Costa, comenta que o impacto causado por essa operação ainda causa prejuízo na economia, principalmente para o produtor rural
Dorival comenta que a Carne Fraca tem grande reflexo negativo nos frigoríficos, mas que as chances dos mesmos se recuperarem é maior, pois o produtor rural é totalmente refém da quantidade de frigoríficos que se tem.
Os abates retornaram há poucos dias no Mato Grosso, e com isso há um excesso de oferta animais, o que acarreta diminuição no preço do gado. Com os preços reduzidos, os pecuaristas tendem a não vender o produto, com isso diminui diretamente o dinheiro na praça.
Para o profissional, a exportação de carne bovina representa a menor parte de mercado, menos de 20%, esta não sofreu diminuição drástica no volume exportado. A carne brasileira é forte e o trabalho feito pelo Ministério da Agricultura com esclarecimento sobre a operação foi bem feito.
“A Carne Fraca atingiu a demanda interna, pois a população brasileira ficou desesperada, e reduziu o consumo, até por que a população anda muito desconfiada por diversos casos de corrupção no pais. Esse reflexo negativo tende a continuar por certo tempo”, disse Dorival.
Em questão da qualidade, o produtor rural faz sua parte. Produzimos animais sadios, bem-acabados e cada vez mais, levamos animais jovens para o abate.
Com relação ao que o produtor necessita fazer para contribuir para sair desta situação complicada. O professor reporta que da porteira para fora, no momento pouco se pode fazer. Se a receita do produtor está baixa, ele tem que agir em seus custos de produção mesmo quando alguns custos não dependem somente do produtor. O pecuarista precisa procurar profissional em produção animal e gestão rural. Não se pode dizer que a carne que produzimos é de má qualidade. O sistema é sério, a carne é importante, e a carne brasileira é de extremo valor”, finalizou o Zootecnista.
Por Agronews.