Associação americana de criadores de bovinos afirma que produção do Brasil é marcada por escândalos e que uma auditoria em frigoríficos relatou falta de normas e protocolos de segurança alimentar.
A Associação dos Pecuaristas dos Estados Unidos (USCA) afirmou nesta quinta-feira, dia 21, que se opõe fortemente a qualquer reabertura do comércio de carne bovina ao Brasil. A entidade se manifestou após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, decidirem que uma missão americana vai inspecionar frigoríficos brasileiros. O acordo aconteceu durante a visita da comitiva do presidente Jair Bolsonaro aos EUA.
Em uma postagem no Facebook, a associação americana afirmou que um relatório final de auditoria de unidades brasileiras incluía “péssimos exemplos” de falta de normas e protocolos de segurança alimentar.
“A USCA se opõe fortemente a qualquer reabertura do comércio de carne bovina ao Brasil. O relatório final da auditoria incluía exemplos terríveis de falta de normas e protocolos de segurança alimentar equivalentes, mesmo no nível mais básico. O Brasil sempre se mostrou um mau ator no mercado global”, diz o comunicado.
Na rede social, o órgão também compartilhou uma reportagem com a posição do vice-presidente da entidade de criadores, Brooke Miller, que disse que o Brasil é um país marcado por escândalos, e que vê “grande preocupação com a saúde do rebanho bovino doméstico e com a segurança alimentar do consumidor”.
Além disso, o representante dos pecuaristas americanos citou a operação Carne Fraca, deflagrada em 2017 pela Polícia Federal (PF), na qual auditores fiscais foram investigados por falha na inspeção de produtos.
A entidade pediu ainda ao presidente dos EUA, Donald Trump, e ao secretário Sonny Perdue que considerassem as preocupações dos produtores nacionais sobre o assunto.
Fonte: Canal Rural