Os casos de peste suína em javalis na Alemanha podem diminuir a oferta e pressionar os preços da carne no mercado internacional, afirma a Ágora em relatório enviado a clientes na última terça-feira (22).
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Com isso, as gigantes de proteínas, BRF (BRFS3) e JBS (JBBS), poderiam se beneficiar do movimento.
“Estamos monitorando potenciais casos de peste suína africana em animais de criação na Alemanha (o que ainda não foi o caso) e os riscos de propagação da doença no país e em toda a União Europeia, o que nos tornaria mais otimistas em nomes de proteínas”, afirmam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França.
Segundo eles, se a doença se espalhar, a oferta de carne no mercado ficará comprometida. A Alemanha responde por cerca de 5% da produção mundial de carne suína, e a União Europeia, por aproximadamente 25%.
Peste na Alemanha pode aumentar mercado na China
A peste suína na Alemanha já provocou a suspensão dos embarques da proteína do país a players importantes como a China.
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Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o Brasil só não teriam ganhos mais significativos de “market share”, ao preencher a lacuna deixada pelos alemães na China, por falta de plantas habilitadas.
“Temos em um primeiro momento um limitador, que é o número de plantas habilitadas. As plantas que vendem para a China, já estão com muita capacidade utilizada para atender a demanda daquele país”, disse à Reuters
Atualmente, 16 unidades frigoríficas são autorizadas para embarcar carne de porco brasileira aos chineses, segundo a ABPA.
“Mas a consequência para o Brasil é positiva, principalmente em preços, porque com a Alemanha saindo o fornecimento de carne suína à China cai em quase 15%. A oferta (para os chineses) vai diminuir”, acrescentou, sobre a suspensão da exportação alemã.
Fonte: Acrismat
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