Os produtores brasileiros de soja deverão cultivar 33,488 milhões de hectares em 2016/17, a maior área da história, crescendo 0,9% sobre o total semeado no ano passado, de 33,181 milhões. A projeção faz parte do levantamento de intenção de plantio de SAFRAS & Mercado.
Com um possível aumento de produtividade, de 2.943 quilos para 3.101 quilos por hectare, a produção nacional tem chance de superar a casa de 100 milhões de toneladas, sendo estimada inicialmente em 103,364 milhões de toneladas, 6,4% superior à obtida em 2015/16, de 97,150 milhões de toneladas.
Na região Sul, a perspectiva é de manutenção da área no Paraná, com o milho voltando a ganhar alguma área devido ao preço. Pouca ou quase nenhuma área nova a ser aberta. No Rio Grande do Sul, algumas áreas novas podem ser exploradas. “A grande produtividade e rentabilidade desta safra devem incentivar os produtores novamente”, afirma o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.
No Centro-Oeste, o Mato Grosso tem possibilidade de crescimento leve, com aberturas de áreas novas, anteriormente direcionadas a pastagens. “Áreas de algodão podem migrar para soja”, indica o analist, acrescentando que em Goiás e no Mato Grosso do Sul áreas novas podem ser absorvidas.
No Sudeste, a boa safra deve incentivar o avanço sobre áreas novas em Minas e em São Paulo.
Nas regiões Norte e Nordeste, apesar das perdas, Maranhão e Tocantins devem ter novas áreas abertas para soja sobre pastagens degradas e realocação de reservas. Já na Bahia, as perdas assustaram os produtores, que devem manter a área ou elevar minimamente sobre a área de algodão. “Piauí deve ter uma queda razoável na área devido às perdas acumuladas. No Pará destaque para abertura de novas áreas sobre pastagens e reservas realocadas”, conclui.