Trigo se depara com desafios significativos, registrando suas médias mensais mais baixas desde o ano de 2017. A demanda por trigo, especialmente por parte dos moinhos, permanece morna, refletindo na venda dos seus derivados, que também não demonstram sinais de recuperação. Essa conjuntura tem levado muitos aguardarem a entrada de um maior volume da safra nova antes de adquirir novos lotes, mantendo os preços em declínio constante.
No Rio Grande do Sul, um dos principais polos de produção de trigo, a média de setembro atingiu o valor de R$ 1.150,70 por tonelada, marcando uma queda de 10,3% em comparação com agosto de 2023 e um impressionante declínio de 34,1% em relação a setembro do ano anterior. Além disso, esses números representam a menor média mensal em termos reais desde dezembro de 2019, após a correção pelo IGP-DI.
As médias mensais do Paraná e de São Paulo, importantes estados produtores de trigo, também não escaparam dessa tendência de queda. Em ambos os casos, observamos as menores médias desde outubro de 2017, considerando valores ajustados à inflação.
Enquanto os números no mercado do trigo desanimam, no campo, a situação não é diferente. No Rio Grande do Sul, o estado que liderou a produção nacional em 2022, a colheita já foi iniciada, mas com perspectivas desafiadoras. No Paraná, o segundo maior estado produtor do país, a colheita enfrenta um revés, uma vez que a alta incidência de doenças nas lavouras está reduzindo a estimativa inicial de produção. Esse problema está ligado diretamente às temperaturas mais elevadas registradas durante o inverno.
Na análise anterior, “As oscilações recentes nos preços do trigo e preocupações climáticas que afetam a produção no Rio Grande do Sul. Os preços têm enfrentado uma tendência de queda constante nas últimas semanas, deixando os produtores preocupados. Uma das principais razões por trás desse declínio é a postura cautelosa dos moinhos, que preferem esperar a entrada de um maior volume de trigo da safra nova antes de realizar aquisições. Esse cenário de oferta e demanda tem pressionado os preços para baixo”. Clique aqui para saber mais desta análise.
No quadro de Direito Ambiental, a Dra. Alessandra Panizi esclarece sobre um tema de grande relevância: o Marco Temporal da demarcação de terras indígenas
Recentemente, foi aprovado no Senado o projeto de lei 2903/2023, que estabelece o Marco Temporal e introduz outras regulamentações cruciais para essa questão. Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Por Daniele Balieiro
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