De acordo com dados do Ministério do Trabalho são 255,63 mil pessoas empregadas, com carteira assinada, no setor agropecuário em Mato Grosso em 2015. Esse número equivale a 32% do universo de trabalhadores do Estado. Essa informação é um motivo para que o trabalhador rural comemore este dia 25 de maio. Apesar do índice de desemprego que tem aumentado nos últimos meses, o setor agropecuário é um dos poucos que continua empregando.
De acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, em janeiro de 2016, dos 6,9 mil postos de trabalho gerados em Mato Grosso, 5,8 mil foram no setor agropecuário. O presidente do Sistema Famato/Senar reforça a importãncia das oportunidades geradas no setor. “As atividades agropecuárias mostram-se, na atualidade, como aquelas que podem garantir dignidade a quem está sem perspectiva. Há vagas no campo, há incremento de renda para quem aposta neste setor e há qualidade de vida”.
Juntar o interesse entre aqueles que estão sem emprego, sem perspectiva, sejam eles da cidade ou do campo, com as oportunidades do meio rural é o desafio. O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Otávio Celidonio, enfatiza que esse é um dos objetivos da instituição. “Oferecemos mais de 254 treinamentos para qualificar e capacitar profissionais para as 15 principais cadeias produtivas do agronegócio e, somente nos últimos dois anos, a instituição de ensino rural qualificou, em média, 100 mil pessoas”.
Falta de mão de obra qualificada. De acordo com Celidonio essa é a principal reclamação que tem ouvido nas visitas feitas aos sindicatos rurais nos últimos meses. “É uma situação que preocupa produtores de todo o Brasil”. Não só faltam pessoas para trabalhar, como também faltam profissionais qualificados. “Aqueles que estão qualificados conquistam postos de trabalho e todos os benefícios de uma vida de qualidade. O conhecimento muda a vida das pessoas”.
Romualdo Carvalho, de 25 anos, é uma dessas pessoas que está em busca de qualificação para mudar de vida. Ele conta que era motorista e esperou quase um ano para conseguir uma vaga e fazer o treinamento do Senar-MT. Romoaldo diz ainda que quer trabalhar no campo. “Quero ter um salário melhor e mais qualidade de vida. Mas, para isso, sei que ainda preciso me qualificar mais”.
Além dos treinamentos há também os programas especiais. O Campo Aprendiz é um deles. Só no ano de 2016 duas turmas já receberam o certificado do curso de mecanização agrícola. Ao todo foram 31 alunos qualificados para este setor.Todos receberam proposta de trabalho antes mesmo de concluir as aulas. Dezenove aceitaram e, ao concluir a qualificação, já estão com emprego garantido.
Para o jovem Vitor Hugo Rezende Souza, 24 anos, mais que conhecimento técnico, o curso trouxe uma nova visão do mercado e ampliou seus conhecimentos na área de mecânica de máquinas e implementos agrícolas. “Essa é a parte que eu mais gosto. Pretendo continuar me qualificando. Quero fazer uma faculdade de agronomia ou alguma coisa na área de operação de máquinas e implementos agrícolas”.
Laudir de Carvalho Oliveira, de 22 anos, é outro formando da turma de qualificação em mecanização agrícola de 2016. Ele conta que o curso trouxe mais que o conhecimento sobre o setor. “Também nos ensinou como podemos ser pessoas melhores. Até minha mãe comentou que mudei a postura diante da vida”.
Caso como os de Romualdo, Vitor e Laudir são comuns nas turmas de treinamentos ofertados pelo Senar-MT em parceria com os Sindicatos Rurais e outros parceiros. Os interessados em fazer os treinamentos do Senar-MT devem procurar o Sindicato Rural de seu município.