A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença causada por um retrovírus que infecta equídeos. A enfermidade é, até o momento, incurável, e compromete irreversivelmente o desempenho dos equídeos, o que afeta de maneira direta a pecuária extensiva no Pantanal.
A Embrapa Pantanal avaliou as probabilidades de infecção dos animais pelo vírus da AIE durante o processo de doma. O resultado da pesquisa foi publicado em comunicado técnico.
Com o objetivo de estimar as probabilidades de infecção pelo vírus da AIE no processo de doma, 21 equinos (13 machos e 8 fêmeas) foram acompanhados com coletas mensais de sangue durante 10 meses. As amostras de soro foram submetidas ao teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), o qual detecta a presença de anticorpos contra o vírus.
Apesar do número pequeno de animais, observou-se que a probabilidade de cavalos xucros serem infectados no processo de doma foi alta desde a primeira coleta (40%). Este dado enfatiza a necessidade de informação sobre a transmissão da doença, entre os indivíduos diretamente ligados ao manejo dos cavalos, como um dos pontos mais importantes para controle da AIE.
Tais considerações vão ao encontro do descrito por Almeida et al. (2006) e Nogueira et al. (2017), que relatam a importância de direcionar e priorizar o plano de controle da enfermidade nos diferentes estados do Brasil, ajustando a estratégia de ação à epidemiologia da doença e à realidade sociocultural e econômica regional (Baptista et al., 2016). Isso é primordial, especialmente em ambientes com inundações que possuem a AIE endêmica nos sistemas extensivos de criação de equídeos (Freitas et al., 2015).
Sugere-se, enfaticamente, a implantação de um programa de educação sanitária específico para o público que lida no dia-a-dia com os equídeos, além da universalização do acesso dos proprietários ao exame de diagnóstico.
O resultado da pesquisa foi publicado em comunicado técnico e está disponível para download gratuito clicando aqui.
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