Destaque internacional pela qualidade do seu agronegócio, Santa Catarina comemora os resultados no controle da brucelose e tuberculose bovina. Em setembro, o Governo do Estado ultrapassou a marca de mil propriedades rurais certificadas como livres das doenças.
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“O controle da brucelose e tuberculose bovina é dos grandes desafios de Santa Catarina e acreditamos que será um dos próximos diferenciais competitivos do nosso estado. Num esforço conjunto do Governo do Estado, iniciativa privada e produtores rurais colhemos bons resultados com mais de mil propriedades certificadas pela Cidasc como livres dessas doenças. Uma conquista importante não só para garantir alimentos mais seguros para a população, mas também para preservar a saúde de nossos produtores”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
Santa Catarina possui uma das menores taxas de prevalência de brucelose e tuberculose do Brasil e a certificação das propriedades é um diferencial da produção catarinense que pode se tornar fundamental para exportação de leite, por exemplo.
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No último levantamento feito pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), foi constatado que menos de 1% do rebanho catarinense tem brucelose ou tuberculose. Este índice é tão baixo que Santa Catarina é o estado brasileiro mais próximo de obter a classificação de área de risco insignificante para essas doenças.
“A parceria do Governo de Santa Catarina, agroindústria do leite, produtores rurais e entidades públicas e privadas é importante para que o estado possa conquistar níveis ainda maiores nos controles e na excelência sanitária do seu plantel” ressalta a presidente da Cidasc, Luciane Surdi.
Certificação como diferencial competitivo
O estado possui 1.045 propriedades rurais certificadas pela Cidasc, que já colhem os frutos desse esforço com a valorização da produção de leite, queijos e carne.
“Muitas agroindústrias de laticínios pagam um adicional no preço do litro do leite quando a propriedade é certificada como livre de brucelose e tuberculose. A vantagem econômica acabou incentivando ainda mais os produtores na busca pela certificação”, explica a presidente da Cidasc.
Mais saúde para quem consome e para quem produz
Brucelose e tuberculose são zoonoses e podem ser transmitidas para os seres humanos. Por isso as ações para erradicação das doenças têm um grande impacto na vida de quem produz e de quem consome.
Para que uma propriedade rural obtenha a certificação como livre de brucelose e tuberculose é necessário que todos os animais sejam testados, num intervalo de 6 a 12 meses e que não apresente nenhum animal reagente positivo.
As propriedades seguem normas diferenciadas também no trânsito de animais. O certificado é renovado anualmente.
Investimentos do Governo do Estado
Em 2020, o Governo do Estado ampliou os investimentos na vigilância para localização de focos das doenças, realizações de diagnósticos definitivos e abates sanitários dos animais contaminados. Todos os anos são realizados aproximadamente 500 mil exames para analisar a presença das zoonoses no rebanho catarinense.
Para manter a sanidade dos rebanhos catarinenses, os animais acometidos de brucelose ou tuberculose são abatidos sanitariamente e os proprietários indenizados pela Secretaria da Agricultura, com apoio do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa). Com a compensação, os produtores podem adquirir animais sadios para continuarem a produção de carne e de leite.
Vacinação
O rebanho catarinense pode ser vacinado com amostra RB51, seguindo as normas do Regulamento Técnico do Programa de Erradicação da Brucelose Bovina e Bubalina no Estado de Santa Catarina, atualizado em julho de 2017 pela Portaria SAR n°19/2017.
Já o uso da vacinação em massa, com a B19, é recomendado apenas para estados que possuem altos índices da doença, portanto é proibida em Santa Catarina para evitar custos desnecessários aos produtores e interferência nos testes de diagnóstico
Por Ana Ceron / Epagri
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz