As especulações sobre as relações entre China e Estados Unidos continuam e o movimento do mercado da soja na Bolsa de Chicago acompanham as notícias
Se ontem as farpas trocadas entre os dois países pesavam sobre as cotações, nesta quinta-feira (17), os futuros da oleaginosa voltam a subir diante de notícias dando conta de que o acordo estaria mesmo sendo costurado e pode ser assinado em breve.
Com isso, o mercado já retoma parte das baixas observadas ontem e, por volta de 7h40 (horário de Brasília), os preços subiam entre 6,25 e 7,75 pontos, com os ganhos mais expressivos sendo observados nos vencimentos mais próximos. As altas já levavam o novembro/19 a US$ 9,35 e o maio/20 a US$ 9,69 por bushel.
De acordo com informações da agência de notícias Bloomberg apuradas junto ao Ministério do Comércio da China, representantes de Pequim já estão trabalhando na produção do texto do acordo em uma operação bastante próxima aos negociadores americanos. Segundo Gao Feng, porta-voz do ministério, as discussões para a próxima fase também já foram iniciadas.
“Os dois lados estão em processo de consulta e produção do texto da primeira fase do acordo e tendo discussões específicas no alinhamento da próxima fase”, diz Feng, que completou dizendo ainda que a China está disposta a terminar com a guerra comercial e retirar todas as tarifas.
Apesar dessa tímida euforia inicial, o mercado ainda se mantém cauteloso diante das notícias, que insistem em não se confirmar há quase dois anos quando o assunto é a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“Em todo caso, mesmo com a alta, a cautela está prevalecendo até o momento até porque em se tratando de questões políticas e diplomáticas, o que vale é o momento da assinatura”, explica Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.
Por Carla Mendes/ Notícias Agrícolas