O valor da produção agropecuária (VBP), calculado com base nas projeções de preços e produção disponíveis em março, deve crescer 4,2% e atingir R$ 550,4 bilhões neste ano. A injeção de mais R$ 22,74 bilhões pelo setor agropecuário na economia brasileira se deve à colheita da supersafra de grãos, que cresce 42,7 milhões de toneladas (24%) para o recorde de 221,3 milhões de toneladas, conforme o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os cálculos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura sobre o valor da produção dentro da porteira apontam para um crescimento de 7,7% (R$ 26,74 bilhões) na receita obtida com a venda de produtos agrícolas, para R$ 370,89 bilhões. Já para as proteínas animais a expectativa é de queda de 2,5% (R$ 4,58 bilhões) para R$ 179,52 bilhões.
A soja se destaca na liderança, com crescimento previsto de 9,6% (R$ 11,18 bilhões) no valor da produção, para R$ 127,28 bilhões. Também vale ressaltar o aumento esperado na receita do milho de 39,7% (R$ 16,49 bilhões), para R$ 58,06 bilhões. A estimativa da Conab mostra aumentos de 24,9 milhões de toneladas na produção do cereal e 14,7 milhões de toneladas na de soja.
O terceiro produto agrícola em destaque é a cana-de-açúcar, cuja receita deve crescer 2% (R$ 1,06 bilhão) para R$ 54,29 bilhões. O valor de produção do café deve recuar 10,7% (R$ 2,71 bilhões) para R$ 22,51 bilhões.
Em seguida vem a banana (R$ 16,46 bilhões, mais 6,7%), feijão (R$ 15,43 bilhões, mais 37,4%); algodão (R$ 13,84 bilhões, mais 11,8%); arroz (12,27 bilhões, mais 20,7%) e laranja (R$ 9,78 bilhões, menos 9,4%).
Pecuária
A projeção do Ministério da Agricultura é de recuo do valor da produção do setor de proteínas animais pelo terceiro ano consecutivo. A queda mais expressiva é esperada para a avicultura de corte, cuja receita é estimada neste ano em R$ 48,89 bilhões, montante 11,3% inferior ao de 2016.
Na pecuária de corte, a receita é estimada em R$ 71,50 bilhões, valor 2,2% abaixo do registrado no ano passado. Para a suinocultura, a previsão é de aumento de 2,8% na receita, para R$ 14,99 bilhões. A pecuária leiteira deve ter aumento de 5,9% na renda, para R$ 29,13 bilhões. A receita da avicultura de postura (ovos) deve crescer 8,8% para R$ 15,02 bilhões.