De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de janeiro a 15 de agosto deste ano, 12.990 focos de calor foram detectados. Esses números colocaram o Estado no ranking dos que mais registraram queimadas na Amazônia Legal. Somados a esses dados gerais, o Governo registrou que 60% das queimadas ocorreram em torno das nossas regiões urbanas.
Além do combate ao desmatamento e a prevenção de queimadas urbanas e rurais, os esforços do Governo se concentram em relação à saúde da população, afetada pela poluição do ar e por partículas que compõem o monóxido de carbono, componente advindo principalmente da queima de biomassa (queimada), agravando as doenças respiratórias.
As doenças mais comuns nessa estação seca são: as pneumonias virais, broncopneumonia, bronquite aguda, asma e insuficiência respiratória.
Dados da Saúde
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio de pesquisa realizada pela equipe técnica da Coordenadoria de Monitoramento, Controle e Avaliação dos Serviços de Saúde e da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, as partículas finas que compõem o ar poluído são capazes de atingir as regiões mais profundas do sistema respiratório, desencadeando processos inflamatórios no sistema pulmonar.
Um informativo da ocorrência sazonal de Doenças do Aparelho Respiratório, influenciada pela variação climática, aponta uma série histórica de algumas doenças do aparelho respiratório em Mato Grosso, no período de 2015 a 2019, com acentuado acréscimo nos meses de março, abril e maio.
Este comportamento indica a influência da variação climática na incidência destas doenças ao longo do período analisado. O acréscimo nos casos coincide com a estação seca que vai de maio a setembro, no qual ocorrem inversões térmicas, coincidindo com o período de aumento monóxido de carbono.
A SES-MT informa que a ocorrência de internações ocasionadas por doenças respiratórias está influenciada pela variação climática e com registro de maior incidência no período de maio a setembro, estação da seca no qual ocorrem inversões térmicas, coincidindo com o aumento do monóxido de carbono na qualidade do ar.
De acordo com dados estatísticos, no ano de 2018, ocorreram 10.850 internações por causa de doenças respiratórias, sendo que somente no período de janeiro a junho do mesmo ano, foram registradas 5.918 internações. Nesse mesmo período de 2019 já foram registradas 4.873 internações por doenças respiratórias.
A SES-MT orienta os municípios, por meio da Vigilância Ambiental, à confecção e ao acompanhamento da qualidade do ar por meio de boletins informativos que alertem para o período e, desta forma, preparam os serviços de saúde para a ocorrência do evento.