Os preços médios do suíno vivo recuaram em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, registrando, inclusive, os menores patamares reais desde julho de 2018
A pressão veio da oferta elevada de animais, que vem sendo observada desde o início deste ano. Além disso, a forte redução das demandas interna e externa por carne suína, sobretudo na primeira quinzena, reforçou o movimento de baixa dos preços do animal.
Dessa forma, o preço médio do suíno comercializado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) em fevereiro foi de R$ 5,49 kg, queda de 2% frente a janeiro e 33,5% abaixo do de fevereiro/21, em termos reais (a série foi deflacionada pelo IGP-DI de fevereiro/22). No
Sul de Minas, a baixa mensal foi de 3,5%, e a anual, de 30,9%, com o animal negociado a R$ 5,66/kg em fevereiro.
No Oeste Catarinense, a queda mensal de 2,6% pressionou a média de fevereiro para R$ 4,97/kg, 42,7% abaixo da registrada no mesmo mês de 2021, em termos reais. Em Erechim (RS), a média foi de R$ 5,21/kg, recuos de 3% frente à de janeiro e de 36,2% em relação à de fevereiro/21.
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No mercado doméstico da carne, o poder de compra enfraquecido da população, limitou a demanda na primeira quinzena de fevereiro. Já na segunda metade do mês, com a oferta controlada e a melhora das vendas, os preços do suíno se recuperaram, levando a média mensal a superar a de janeiro/22.
No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína foi negociada a R$ 8,32/kg em fevereiro, alta de 0,8% frente a janeiro, porém, 27,7% abaixo de fevereiro/21, em termos reais (neste caso, as médias foram deflacionadas pelo IPCA de fevereiro/22).
No mercado do estado de São Paulo, o pernil com osso se valorizou 1,5% de janeiro para fevereiro, cotado a R$ 10,39/kg no último mês. Apesar da alta, essa média ainda é 25,1% menor que a observado em fevereiro/21. Para a paleta dessoada, o avanço mensal foi de 1,5%, com a média a R$ 10,64/kg, ainda 28,3% abaixo da de fevereiro/21.
Por Cepea
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