Passadas as Festas – ocasião em que a demanda, com raras exceções, privilegia os preços – frango vivo e ovo, com o consumo recessivo, voltaram a perder preço, fechando o primeiro mês de 2019 com redução de, respectivamente, 5,09% e 13,36%
Ou seja: embora as reduções sejam fato natural em todo início de ano, desta vez as perdas do ovo foram bem mais significativas que as do frango. A ponto de também recaírem sobre o preço de um ano antes. Assim, enquanto o frango vivo apresentou valorização de 8,61%, superando a inflação (IGP-DI) acumulada em um ano, o ovo iniciou novo exercício com um preço médio quase 12% inferior.
Porém, bem pior para o ovo é sua relação de preços com a principal matéria-prima do produto, o milho, e com a inflação acumulada na vigência do atual padrão monetário brasileiro, o real, implantado em meados de 1994.
Neste caso, frente a uma inflação que, embora relativamente estável, acumula evolução em torno dos 600%, o ovo fechou janeiro alcançando preço menos de 150% superior ao do início do real. Ou seja: se tivesse simplesmente acompanhado o IGP-DI, em janeiro o ovo teria sido comercializado por valor cerca de 2,8 vezes superior ao registrado.
Já no tocante ao milho basta dizer que o poder de compra de uma caixa de ovos caiu de 2,5 sacas de 60 kg para pouco mais de uma saca, redução superior a 50%. E isso significa, também, que, para adquirir o mesmo volume de milho de 25 anos atrás, o produtor precisa de um volume de ovos mais 110% superior.
Por Avisite