Às 12:04, o dólar avançava 0,10 por cento, a 3,7193 reais na venda, após tocar 3,7349 reais na máxima do pregão até o momento e 3,6915 reais na mínima.
O dólar futuro rondava a estabilidade.
Após abrir o pregão em leve alta, a moeda reverteu direção e acelerou queda em uma primeira leitura dos detalhes específicos sobre a proposta da Previdência, alcançando o patamar de 3,69 reais brevemente.
No entanto, após coletiva de imprensa em que técnicos da equipe econômica detalharam a proposta, o dólar voltou a subir ante o real à medida que investidores digeriam informações, tentando entender os principais pontos do texto.
A proposta prevê forte endurecimento na concessão de benefícios assistenciais e aumento na alíquota de contribuição previdenciária por diferentes faixas salariais, de olho numa economia de 1,072 trilhão de reais em dez anos.
O texto da reforma da Previdência chega ao Congresso em um momento conturbado para o Planalto, que ainda vê respingos da crise política envolvendo o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
Na terça-feira, o governo sofreu sua primeira derrota na Câmara após parlamentares barrarem por uma larga margem o decreto presidencial que ampliava o escopo de pessoas que poderiam determinar sigilo sobre dados e informações do governo.
“Embora não seja uma matéria de alta relevância, mostra um possível recado da Casa ao governo, que ainda segue em busca de alguma tranquilidade dentro da base aliada para que consiga tocar sua agenda”, afirmou a corretora H. Commcor em nota.
No exterior, o mercado monitora a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve às 16h e acompanha as negociações comerciais entre EUA e China.
O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou 7,231 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.
Por Laís Martins/ Reuters