A seleção dos melhores animais em um rebanho exige cada vez mais o emprego de ferramentas que capturem informações de desempenho individual, e com a maior precisão possível.
Até muito recentemente, a única ferramenta disponível era o olho humano que, atrelado às informações de pedigree, permitiu que se desenvolvessem as raças com que convivemos na atualidade.
Hoje em dia possuímos um verdadeiro arsenal de novas tecnologias, o que nos vincula a utilizá-lo para fazer o trabalho de seleção. Entre essas ferramentas estão as mais simples, como a balança e a fita métrica, até as mais sofisticadas, como o ultrassom, os sistemas de medida de eficiência alimentar individual, os testes de DNA, entre outras.
Somente com informações mais precisas torna-se possível selecionar de forma mais direta cada um dos muitos objetivos de seleção requeridos pelos mercados consumidores (de bezerros, touros, animais para abate, carne etc).
Em Silvianópolis/MG, durante o 13º Road-show para jornalistas do Agro, tivemos a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pela Casa Branca Agropastoril, uma das principais empresas do segmento, que destaca-se na criação de três raças de corte distintas, cada uma com suas fortalezas muito bem estabelecidas para a produção de carne.
O Angus, um campeão mundial da carne gourmet, está associado à ideia de animais com excelente desenvolvimento muscular, destacada deposição de gordura entremeada (marmoreio), carne macia, precocidade de acabamento e fertilidade comprovadas. O uso de reprodutores Angus (ou de seu sêmen ou de embriões) da Casa Branca no cruzamento industrial com vacas zebuínas tem auxiliado a produção de “carne de qualidade” no Brasil, que atualmente consiste em tendência vencedora e sem volta. Os animais Angus Casa Branca são selecionados com base em informações genômicas obtidas a partir da comparação de seu genoma com o maior banco de dados da raça Angus do mundo (Associação Americana do Angus).
O uso da tecnologia genômica abre um grande leque de possibilidades de escolha de reprodutores ou sêmen, podendo-se optar por animais de maior musculosidade ou de melhor acabamento de cortes, ou ambos, com base nas DEPs (Diferenças Esperadas na Progênie) genômicas, as quais possuem acurácia (precisão) muito alta. Com isso, o Angus Casa Branca está seguramente entre os melhores do mundo no que diz respeito ao uso de tecnologia para seleção.
Já a raça Simental desenvolvida pela Casa Branca tem a função de agregar aos sistemas de produção de bezerros F1 (cruzados) a geração de animais pesados e rústicos (o que tem origem na linhagem sul-africana aprimorada pela Casa Branca). O objetivo é a produção de touros que atendam à pecuária mais comumente desenvolvida no Brasil Central, que procura aumentar o peso e simultaneamente encurtar a idade de abate. Touros Simental Casa Branca em vacas zebuínas geram bezerros acima da média para peso à desmama e ao abate, com redução de tempo de recria e grande eficiência na engorda.
Finalmente, fechando a trilogia racial da Casa Branca Agropastoril, o gerente de agropecuária, Heitor Pinheiro Machado, relata que o Brahman representa o componente tropical do trabalho genético da empresa, com animais de linhagens comprovadas nos quesitos conformação frigorífica e precocidade de acabamento, que servem como base para a formação tanto de bezerros de corte de mães zebuínas como para a produção de embriões a partir de vacas Brahman e touro Angus que podem ser utilizados para a produção de carne gourmet de primeira linha.
Atualmente, a Casa Branca monitora todos os animais das três raças com as mais modernas tecnologias, que são aplicadas ao longo de suas vidas, e mais intensivamente durante as Provas de Desempenho (coordenadas pela Universidade Federal de Lavras – profa. Sarah Meirelles). Nessa prova, os candidatos a touros jovens das três raças são monitorados por aproximadamente 120 dias, sendo medidas várias características de interesse produtivo. Essa prova intra rebanho permite a classificação dos animais com base na pontuação determinada ao final das avaliações, sendo essas informações utilizadas durante a comercialização em leilões e outros eventos.
Além da tradicional Prova de Desempenho coordenada pela UFLA, graças à recente implantação do sistema de medida de consumo alimentar individual (Intergado) na Casa Branca, atualmente é possível comparar os seus animais com os de outros criatórios, por meio do Centro de Performance (CP) da CRV Lagoa. Com o uso dessa tecnologia, passa a ser possível determinar quais animais são mais eficientes na conversão de alimentos (forragem e concentrado) em músculos. Com isso, abre-se uma nova oportunidade para aumentar a produtividade graças ao uso de reprodutores que conferem essa habilidade às suas progênies.
Entretanto, a produção de bovinos de corte a campo e nas condições brasileiras predominantes (tropical e cerrado) traz grandes desafios para as raças taurinas, sendo que o maior deles é aquele causado pelo complexo carrapato/babesia.
Para combater esse problema nas raças Angus e Simental por meio da genética, a Casa Branca está desenvolvendo um método inovador que anota informações frequentes dos animais quanto à intensidade de infestação por carrapato no espaço entre pernas e na tábua do pescoço, conferindo escore visual que varia de zero a cinco, sendo cinco alta infestação.
Dessa forma, cada animal é monitorado individualmente ao longo de sua vida, gerando um perfil característico de cada um e permitindo a aplicação de testes de associação genômica que devem permitir a identificação de marcadores capazes de ajudar a predição dos animais mais resistentes à infestação por carrapato e, com isso, permitir acasalamentos dirigidos para a fixação dessa característica.
Nos animais da raça Brahman, o foco do melhoramento assistido pela genômica está na seleção de animais com maior capacidade de transmissão das características de qualidade de carne (marmoreio e maciez), deficientes nos zebuínos quando comparados a algumas raças taurinas, como o Angus.
Também características da esfera reprodutiva, como precocidade sexual das fêmeas e tamanho do umbigo nos machos, são monitoradas para as associações genômicas e identificação de marcadores para tais características.
Casa Branca Agropastoril: rigorosa seleção de Angus, Brahman e Simental
Site: www.casabrancaagropastoril.com.br
Facebook: @CasaBrancaAgro
Instagram: @casabrancaagropastoril
Por AGRONEWS BRASIL, com informações da Texto Comunicação Corporativa