A unidade de bovinos do frigorífico Minerva de Várzea Grande, em Mato Grosso, entrou em férias coletivas a partir da terça-feira (4/4), por um período de 20 dias. Segundo a empresa, o motivo é uma parada de rotina para manutenção de maquinários e instalações.
De acordo com o site do frigorífico, a fábrica tem capacidade de abate de 1.500 cabeças por dia e de 1.100 cabeças para desossa. Esta paralisação deve adicionar mais pressão ao mercado pecuário do País que foi fortemente abalado pela Operação Carne Fraca da Polícia Federal. Como consequência desta ação, por exemplo, a JBS concede a partir desta segunda férias coletivas de 20 dias para 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos no Brasil – uma em São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e uma no Pará. As férias coletivas podem se estender por mais dez dias.
Segundo a empresa, a medida é necessária em virtude das suspensões temporárias impostas à carne brasileira por alguns dos principais países importadores, assim como pela retração nas vendas de carne bovina no mercado interno nos últimos dez dias. O Minerva não foi citado na Operação Carne Fraca.
Mercado pressionado
Os preços dos animais vivos prontos para o abate tiveram forte recuo desde a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de março. Em Mato Grosso, o preço da arroba caiu de 2% a 4% do dia 16 para o dia 28 de março, reduzindo de R$ 126,81 para R$ 123,11 em média no Estado, segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) afirma que alguns pecuaristas relataram redução de até 10% no valor da arroba em 12 dias, passando de R$ 126 para até R$ 113 em algumas regiões como no norte e noroeste do Estado.