Junho se inicia e mesmo assim vendas de carne bovina não são positivas
A euforia criada depois das delações já acabou.
Há uma semana havia um mercado trabalhando em alta, em função da possibilidade de varejistas buscarem outros fornecedores de carne.
Atualmente, as indústrias podem reduzir os preços, sem que prejudique seus resultados que variaram entre 35,0% e 38,0% nos últimos dias.
Em um ano os preços dos cortes sem osso subiram, em média, 4,5% enquanto a matéria-prima, o boi gordo, caiu 14,5% em São Paulo.
Queda no poder de compra do invernista
O mercado do boi gordo está em baixa referente a demanda no mercado de reposição, pois poucos negócios ocorrem.
Nas categorias de machos e fêmeas anelorados, as referências recuaram 0,2% frente à semana anterior.
Desde o início do ano, a queda foi de 4,9%.
Em São Paulo, o bezerro desmamado (6@) registra o maior recuo no ano, dentre todas as praças pesquisadas, de 11,9% desde o início de janeiro.
As quedas na cotação do boi gordo vem piorando a relação de troca e diminuindo o poder de compra do recriador.
Atualmente em São Paulo, são necessárias 7,76 arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro de desmama (6@). Há um ano eram necessárias 8,05 arrobas, ou seja, melhora de 3,6%.
Até o fechamento de maio esta relação era 10,9% melhor frente ao mesmo período do ano passado.
Esta queda no poder de compra é explicada pela desvalorização de 5,0% no preço do boi gordo em São Paulo.
Agronews