Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,4% em relação ao último trimestre de 2017. Crescimento do agro em quatro trimestres é de 6,1%
O IBGE divulgou nesta quarta-feira o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), referente ao 1º trimestre deste ano, que apresentou crescimento de 0,4% em relação ao último trimestre de 2017. Foi o quinto resultado positivo após oito quedas consecutivas, com participação destacada da Agropecuária, que cresceu 1,4%. Os setores de Indústria e Serviços, aumentaram 0,1%.
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,64 trilhão. A Agropecuária representou R$ 93,94 bilhões, Indústria, R$ 291,65 bilhões e Serviços, R$ 1,015 trilhão. A distribuição percentual dos setores no PIB corresponde a 5,7%, 17,8% e 61,9%, respectivamente.
Na comparação com primeiro trimestre de 2017, o PIB registra crescimento de 1,2%, e decréscimo de 2,6% na Agropecuária. A Indústria cresceu 1,6%, e Serviços, 1,5%. Também tiveram variação positiva, o consumo das famílias e a formação bruta de capital.
De acordo com o coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Gasques, as estimativas de safra, referentes a abril deste ano mostram que algumas lavouras apresentaram redução de produção e de produtividade no primeiro trimestre do ano.
Entre as quedas estão arroz, de 6,8%, em relação a igual período de 2017, laranja, 9,4%, e milho primeira safra, 17,5%. Essas lavouras também apresentam produtividade inferior à do ano passado. Mas soja apresenta crescimento da produção de 0,6% sobre o primeiro trimestre de 2017, e seus resultados contribuíram para a formação do PIB do trimestre, explica Gasques.
O PIB acumulado nos últimos quatro trimestres cresceu 1,3%, enquanto a agropecuária teve variação de 6,1%, Indústria, 0,6% e Serviços, 1,0%. Essa taxa elevada para a Agropecuária deve-se a resultados dos últimos três trimestres de 2017, e aos primeiros levantamentos deste ano que apontaram resultados favoráveis para diversas lavouras, observou o coordenador do Mapa.
Períodos de colheita
Em entrevista a jornalistas estrangeiros, em São Paulo, onde participa do Fórum de Investimentos Brasil 2018, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), comentou que “no sistema montado nas empresas sempre no início da colheita são aceleradas as exportações, depois retidas nos armazéns, de retaguarda, para haver fluxo durante os 12 meses do ano. Você não tem trens para escoar a safra brasileira em quatro meses. É tudo muito caro: barcaças, caminhões. Então o sistema é regulado. Agora, por exemplo, começa a safra de milho novamente e deve haver uma aceleração nesse processo. Começa a safra de algodão, nova aceleração. Terminando, volta à normalidade no escoamento”.
Juros do PAP
O ministro admitiu durante a entrevista que a recente greve dos caminhoneiros que “a produção durante esse período deverá trazer reflexos mais para a frente”. E, ainda, sobre o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) a ser divulgado na próxima semana, disse que trará redução da taxa de juros dos financiamentos.