O dólar alternava leve queda e estabilidade ante o real no começo do pregão desta quarta-feira (08), já longe das mínimas do dia, depois de uma abertura mais positiva para a moeda brasileira na esteira do movimento no exterior e de dados favoráveis no Brasil.
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O sentimento seguia fragilizado pelo ressurgimento de casos de Covid-19 no mundo e pelos riscos de seus potenciais efeitos econômicos.
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Christopher Lewis, analista do DailyForex, avalia que a marca de 5,50 reais tem oferecido resistência nas últimas semanas, mas que é “apenas questão de tempo” antes de a moeda superá-la. Esse movimento abriria caminho para a região de 5,60 reais e, eventualmente, para máximas próximas de 6 reais.
“Acho que o nível de 5,0 será uma barreira significativa que deveria atrair muita pressão compradora. No fim, acho que neste momento é muito mais fácil comprar o par dólar/real do que vendê-lo, devido a todos os riscos associados com o Brasil e a América Latina”, disse.
O BTG Pactual digital classificou os resultados como “muito acima da expectativa” e avaliou que, apesar do cenário “ainda repleto de incertezas, o forte crescimento deve animar investidores, na medida em que indica uma recuperação da atividade econômica”.
Dólar segue em alta ante real com devido coronavírus
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o IGP-DI subiu 1,60% em junho, mais que o esperado, com os preços do atacado acelerando e voltando a se elevar no varejo. A combinação de dados econômicos melhores e leituras de inflação mais altas pode barrar expectativas adicionais de cortes de juros pelo Banco Central, evitando nova deterioração nas análises de risco/retorno para o real.
No exterior, o índice do dólar ante uma cesta de moedas tinha leve queda de 0,12%, mas mostrava depreciação mais forte contra divisas de risco, como peso mexicano e peso chileno.
Por Reuters
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