O dólar operava com leve baixa e na casa de 3,70 reais nesta segunda-feira influenciado pela trajetória da moeda no mercado internacional, com os investidores reforçando as apostas de que o banco central dos Estados Unidos pode elevar os juros menos do que o esperado e na expectativa pelo desfecho do encontro entre representantes dos EUA e China sobre a disputa comercial.
Às 12:08, o dólar recuava 0,23 por cento, a 3,7063 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em baixa de 1,04 por cento, a 3,7147 reais, menor nível desde 1º de novembro.
Na mínima, a moeda foi a 3,6907 reais. Na máxima, a 3,7223 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,25 por cento.
“Os EUA têm demonstrado uma resiliência no crescimento econômico e, ainda assim, a inflação teima em não dar as caras”, disse o economista da gestora Infinity, Jason Vieira.
Na sexta-feira, o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que, apesar do bom momento, o banco central norte-americano será sensível aos riscos ressaltados por investidores e será paciente com a política monetária em 2019.
Em dezembro, o Fed sinalizou que poderia aumentar os juros duas vezes neste ano, embora o mercado financeiro imagine que a trajetória será ainda mais suave, sobretudo por causa dos temores de desaceleração da economia global.
A retomada das negociações entre Estados Unidos e China, assim, está no radar dos agentes, em uma tentativa de encerrar a disputa comercial.
No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas e também ante as divisas de emergentes, como o peso chileno.
Internamente, no entanto, a moeda operava com muito vaivém, uma vez que já acumulou forte perda, de 4,15 por cento, nos três primeiros pregões de 2019.
“O dólar, aqui, se aproximou de um suporte psicológico (3,70 reais). Agora, a tendência é que haja um posicionamento mais cauteloso por parte dos investidores”, comentou Vieira.
O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 2,680 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Fonte: Reuters