A fabricante norte-americana de equipamentos agrícolas e de construção Deere obteve lucro líquido de US$ 910,3 milhões, ou US$ 2,78 por ação, em seu terceiro trimestre fiscal, encerrado em 30 de julho. O resultado representa aumento de 41,8% ante igual período de 2017, quando a empresa lucrou US$ 641,8 milhões, ou US$ 1,97 por ação
Em termos ajustados, o lucro por ação ficou em US$ 2,59. A receita total aumentou 32%, para US$ 10,31 bilhões. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 2,73 por ação e receita de US$ 10,22 bilhões. As vendas do segmento agrícola cresceram 18% para US$ 6,29 bilhões, enquanto analistas projetavam US$ 6,15 bilhões.
O desempenho no trimestre “se beneficiou de condições de mercado mais favoráveis e de uma resposta positiva à nossa linha de produtos avançados”, disse em comunicado o presidente do conselho de administração e CEO da Deere, Samuel Allen, destacando as boas vendas de equipamentos agrícolas na América do Norte e na Europa. “A substituição de equipamentos de grande porte está impulsionado as vendas, mesmo diante de tensões comerciais e outras questões geopolíticas.” Ele observou, porém, que custos de matéria-prima e logística continuaram pressionando os resultados da companhia. Os custos de aço e alumínio subiram após as tarifas impostas pelos EUA à importação desses produtos.
Para o ano fiscal de 2018, a Deere espera que as vendas globais de equipamentos agrícolas e para gramados aumentem cerca de 15%. As vendas de equipamentos agrícolas nos Estados Unidos e Canadá devem aumentar cerca de 10%, impulsionadas pela demanda por maquinário de grande porte. Apesar de preocupações com a estiagem em algumas áreas, as vendas na União Europeia devem crescer entre 5% e 10%, refletindo condições favoráveis no setor de lácteos e na pecuária de corte. Já na América do Sul, as vendas de tratores e colheitadeiras devem ficar estáveis ou aumentar até 5%, com um fortalecimento no Brasil.
A Deere projeta um crescimento de aproximadamente 30% nas vendas de equipamentos agrícolas e de construção no ano fiscal que termina em 31 de outubro. A estimativa de lucro líquido ajustado foi mantida em US$ 3,1 bilhões.
Fonte: Dow Jones Newswires.