Pela primeira vez, Mato Grosso realiza o Curso de Operações Táticas Especiais (Cote), para treinamento e formação de 21 policiais dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia e Minas Gerais. A capacitação começou neta segunda-feira (16.09) e é uma iniciativa da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, por meio da Gerência de Operações Especiais (GOE) e Academia da Polícia Civil (Acadepol).
O curso terá duração de aproximadamente 60 dias, com uma carga total de 800 horas/aulas e certificado expedido pela Acadepol.
Durante a aula inaugural, realizada no auditório da PJC, o coordenador-geral do Cote, delegado Marcos Aurélio Veloso e Silva, destacou que o curso é resultado do planejamento da instituição, após uma espera de 21 anos.
“Hoje a Acadepol materializa o último ciclo no campo da instituição. Temos cursos em diversas áreas, de inteligência, investigação e outros operacionais. Realizamos dois Cot (Curso de Operações Táticas) e hoje entramos para o rol dos estados que formam operadores táticos”, disse o delegado, fazendo referência aos 12 estados da federação que já realizaram o curso.
O delegado Marcos Veloso fez referência ao delegado Ramiro Mathias, atual chefe da Gerência de Operações Especiais, pela determinação e comprometimento à frente da unidade operacional.
O diretor da Acadepol, delegado Welber Batista, também reforçou a importância da capacitação técnica e a larga experiência do delegado Marcos Veloso. “Os policiais que vão para Gerência de Operações Especiais fazem história. Ele está entre os melhores profissionais das forças de segurança do Brasil. Esse curso é realmente diferenciado”, afirmou.
Já o diretor de Atividades Especiais, Fernando Vasco, finalizou a aula inaugural destacando a presença de outros estados, assim como dos membros de outras instituições de Mato Grosso, como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, que participam do Cote. “Queremos que todos se sintam em casa e tenham o mesmo tratamento que tive quando visitei esses estados, tratamento de irmãos”, disse Vasco.
Complexidade do Curso
Em 60 dias de intenso treinamento, os policiais deverão ser submetidos a várias atividades divididas em disciplinas teóricas e práticas em áreas diversas, visando o aperfeiçoamento técnico e tático dos servidores no âmbito da segurança pública, para emprego em missões especiais, ocorrências complexas ou de alto risco.
O delegado titular da Gerência de Operações Especiais, Ramiro Mathias, falou que antes mesmo de iniciar o curso, o policial precisa ter habilidade técnicas e controle psicológico, além de passar por um rigoroso teste de aptidão física.
“É o curso mais completo, que temos em termos de táticas operacionais no Brasil. A complexidade já começa no ingresso, no teste de aptidão física, que exige esforço muito grande, que não é qualquer pessoa que tem. Só policiais bem treinados conseguem atingir o nível de excelência de um operador. Além disso, psicologicamente, o policial precisa estar bem centrado para terminar o curso”, disse.