Entenda os desafios e implicações da Moratória da da Soja e da Carne em Mato Grosso
O agronegócio é o motor da economia brasileira, e em nenhum lugar isso é mais evidente do que em Mato Grosso, um estado que desempenha um papel crucial na produção agropecuária. No entanto, nos últimos tempos, uma sombra paira sobre avanço produtivo do estado: a Moratória da Soja e da Carne. Esta restrição, originada com o objetivo de melhorar a imagem internacional de Mato Grosso, tem impactos significativos na produção e na economia local. E para tratar sobre esse assunto, a Dra. Alessandra Panizi, especialista em Direito Ambiental, conversou com Xisto Bueno, Executivo do Fórum Agro MT.
Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Moratória da Soja e da Carne em Mato Grosso
De acordo com Xisto Bueno, executivo do Fórum Agro MT, a Moratória, mesmo após o Código Florestal de 2012, continua a criar um estrangulamento no setor, indo contra a legislação brasileira. A iniciativa inicial visava evitar a aquisição de produtos provenientes de áreas desmatadas na Amazônia após 2008. No entanto, essa restrição comercial tem um impacto que vai além da esfera ambiental, atingindo diretamente a economia local.
Os números não mentem: Mato Grosso é o maior produtor nacional de soja, e a carne é um dos principais pilares do agronegócio estadual. A Moratória, ao criar barreiras para a venda desses produtos, não apenas prejudica os produtores e a economia local, mas também desencadeia um efeito cascata em setores relacionados, impactando desde fornecedores até os municípios dependentes dessas atividades.
Código Florestal e suas implicações
A Lei 12.651/2012, conhecida como Código Florestal, estabelece normas para a proteção da vegetação nativa em áreas como preservação permanente, reserva legal e uso restrito. Essa legislação é fundamental para orientar as propriedades quanto às práticas que equilibram desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Além disso, fornece diretrizes específicas para a recuperação de áreas degradadas, promovendo estratégias, experiências anteriores e sugestões de espécies nativas para plantio.
A Moratória, como destaca Bueno, não se alinha com a legislação brasileira, especialmente após a promulgação do Código Florestal, que regularizou áreas desmatadas até 2008. Este é um ponto crucial que precisa ser destacado na discussão em curso. Mato Grosso tem trabalhado incansavelmente para cumprir as normas ambientais e expandir a produção de forma sustentável. Portanto, a persistência dessa moratória é não apenas questionável em termos legais, mas também prejudicial para um estado que tem buscado equilibrar crescimento econômico e preservação ambiental.
A sociedade tem um papel fundamental nesse cenário. O apoio a entidades e associações de produtores, que trabalham arduamente para reverter essa restrição, é essencial. A pressão da sociedade pode influenciar o governo a adotar medidas que desbloqueiem o potencial de produção de Mato Grosso. É uma discussão que vai além dos limites do agronegócio; é sobre o futuro econômico do estado e sua capacidade de conciliar desenvolvimento e conservação ambiental.
Portanto, como podemos compreender, a Moratória da Soja e da Carne não é apenas um problema para os produtores locais; é um desafio que ecoa em todo o país. Mato Grosso é um microcosmo das tensões entre a necessidade de desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. Portanto, a discussão sobre a revogação dessa moratória é um imperativo não apenas para os habitantes locais, mas para todos aqueles que valorizam um equilíbrio sustentável entre produção e preservação.
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