Investing.com – Na avaliação do Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) as companhias varejistas apresentaram no primeiro semestre do ano números positivos, destacando o crescimento das receitas. Apesar disso, as empresas apresentaram margens Ebitda no período mais pressionadas do que as registradas um ano atrás. Para o banco, o destaque do período ficou para a Centauro (SA:CNTO3).
No que diz respeito às receitas, a equipe de analistas do banco observou que a boa execução do plano estratégico das companhias durante o semestre resultou em crescimento com ganho de participação de mercado. No entanto, algumas companhias não conseguiram entregar uma performance tão positiva.
É o caso da B2W (SA:BTOW3), que teve suas vendas 1P fortemente impactadas pelo fim da “Lei do Bem”; enquanto que a Hypera (SA:HYPE3) enfrentou ajustes em sua política comercial no 1T19, o que levou seu sell-in a uma forte queda. Já a Restoque (SA:LLIS3) passou por ajustes em seus canais de vendas e um reposicionamento da marca que prejudicou as vendas no curto prazo; enquanto a Via Varejo (SA:VVAR3) sofreu instabilidades em seus canais de vendas.
O relatório do BB-BI aponta que, quanto à margem EBITDA ajustada, a tendência geral observada foi negativa, por fatores diferentes para cada uma das companhias. Para os analistas, nem todas as quedas nas margens são consideradas negativas. Em alguns casos, isso resultou de maiores investimentos para manter a companhia em um patamar diferenciado da concorrência.
Para a equipe, a companhia que se destacou neste semestre foi a Centauro, enquanto o destaque negativo foi a Via Varejo (SA:VVAR3). Eles ressaltam que, apesar do desempenho negativo da Restoque e da Hypera (SA:HYPE3), a queda acentuada de receita e de margem decorreu de ajustes indispensáveis no negócio com vistas a agregar valor no longo prazo.
Não foi o caso da Via Varejo (SA:VVAR3), que só começou a dar sinais de um turnaround em curso após a mudança na gestão.
Centauro
Os resultados do primeiro semestre da companhia foram positivos, mesmo diante de uma forte base comparativa devido à Copa do Mundo de futebol masculino em 2018. Esse semestre foi marcado pelo crescimento da receita líquida (+9,5% a/a), pela melhora das margens (+0,6 p.p. para margem bruta e +0,9 p.p. para margem EBITDA ajustada) e (pela adequação de sua estrutura de capital (alavancagem financeira atingiu 0,6x DL/EBITDA, ante 4,0x no ano anterior).
Para o BB-BI, os resultados são uma prova da assertividade do planejamento estratégico da companhia, cujo foco reside no omnichannel, na abertura e reforma de lojas físicas e no controle rígido das despesas com vendas, gerais e administrativas.
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